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Nota: Para outros significados, veja Para outros significados, veja UHF (desambiguação)
UHF é uma banda portuguesa de rock formada na Costa 🛡 de Caparica, em Almada, em 1978.
São os principais responsáveis pelo surgimento do boom do rock em Portugal, em 1980, e 🛡 os fundadores do movimento de renovação musical denominado "rock português'′.
São uma das bandas portuguesas mais prestigiadas e a mais antiga 🛡 em atividade.
A formação inicial foi composta por António Manuel Ribeiro (vocal e guitarra), Renato Gomes (guitarra), Carlos Peres (baixo) e 🛡 Américo Manuel (bateria).
Atualmente são formados por António Manuel Ribeiro (vocal e guitarra), António Côrte-Real (guitarra), Nuno Correia (baixo) e Ivan 🛡 Cristiano (bateria).
Resultante do pós punk, no final dos anos setenta, a sonoridade da banda incorpora o rock direto e espontâneo 🛡 de características urbanas, produzindo também um som mais acústico e hard rock com alguma influência dos Doors.
Bem sucedidos comercialmente no 🛡 início da década de 1980, venderam mais de 100 mil discos premiando o single "Cavalos de Corrida" (1980) – canção 🛡 génese do rock português – e o álbum À Flor da Pele (1981), que ocuparam a primeira posição da tabela 🛡 de vendas.
Após um período conturbado na formação conseguiram superar a crise do rock português, nos meados dos anos 80, introduzindo 🛡 influências do rock alternativo no álbum Noites Negras de Azul (1988).
No álbum Comédia Humana (1991) contornaram ligeiramente a sonoridade inicial 🛡 para depois voltarem a estabelecer o rock convencional com Santa Loucura (1993) e 69 Stereo (1996), discos que obtiveram bom 🛡 volume de vendas.
Atentos à realidade política e social do país, os UHF são o rosto do rock de intervenção em 🛡 Portugal.
Com influência de José Afonso, assumem uma posição ativa em relação a temas sensíveis na vida das pessoas, como é 🛡 o caso das canções "Sarajevo", "Porquê (português)" ou "Vernáculo (para um homem comum)" que se tornou um manifesto antipolítico.
As bem-sucedidas 🛡 digressões "Porquê em Portugal" e "UHF 35 anos – A Minha Geração" em 2010 e 2013, respectivamente, foram marcadas com 🛡 palavras de ordem contra a desordem governativa do país.
A intrépida atitude independente, assumida desde o início de carreira e perturbando 🛡 determinado jornalismo musical, favoreceu por alguns anos uma menor exposição mediática na banda.[carece de fontes]
A formação dos UHF sofreu alterações 🛡 ao longo dos anos, tendo estabilizado a partir de 2001.
António Manuel Ribeiro, compositor maioritário das canções, é o único membro 🛡 fundador residente.
Além de cantor e músico é também escritor e autor irregular de várias crónicas para rádios e jornais.
Fundou o 🛡 movimento de poesia-rock em Portugal tornando-se num dos melhores criativos.
Lançou três álbuns a solo, e dois de formato mais reduzido, 🛡 que contaram com a participação de antigos e atuais músicos dos UHF, entre outros convidados.
Em julho de 2017 atingiram 1 🛡 700 concertos em Portugal e no mundo, venderam mais de 1,5 milhão de discos, entre eles, álbuns, extended plays, singles 🛡 e cassetes, e lançaram quinze álbuns de estúdio.
Estão representados em mais de 100 compilações com outros artistas incluindo nos Estados 🛡 Unidos e Brasil.
Receberam onze discos de prata, sete de ouro, três de platina e vários prémios e condecorações.
Até ao ano 🛡 de 2015 totalizaram 240 participações em concertos de beneficência social e de apoio a causas filantrópicas incluindo, por exemplo, a 🛡 Associação Abraço e Assistência Médica Internacional.
Formação e primeiros anos (1977–1979) [ editar | editar código-fonte ]
Almada, terra natal dos membros 🛡 fundadores dos UHF.
Em 1976, enquanto o emergente estilo musical punk rock cativava Inglaterra e os Estados Unidos, Portugal procurava ajustar-se 🛡 à liberdade recém conquistada com a revolução de Abril.
O rock era visto pelos jovens como um movimento de contracultura, uma 🛡 fuga aos princípios ditatoriais do regime salazarista.
O rock era sinónimo de liberdade, uma linguagem musical sem ligação ao passado.
[2] Os 🛡 UHF foram dos primeiros a saciar uma imensa sede de rock nessa nova realidade social e política do pós 25 🛡 de abril.
António Manuel Ribeiro (voz e guitarra), Carlos Peres (baixo), Alfredo Antunes (bateria) e um guitarrista brasileiro formaram em 1976, 🛡 em Almada, uma banda de covers chamada Purple Legion que atuava no circuito de bailes, que era o panorama musical 🛡 da época, pois o rock que se fazia pelo mundo era pouco divulgado tanto pela imprensa como pela rádio.
No final 🛡 de 1977, Alfredo abandonou o grupo e o baterista Américo Manuel juntou-se a Carlos Peres e a António M.
Ribeiro para 🛡 iniciarem as composições de autor.
Com a entrada do guitarrista Renato Gomes alteraram o nome da banda para À Flor da 🛡 Pele e depois para UHF.
De certa forma os Purple Legion funcionaram como embrião dos UHF, pois foi aí que o 🛡 futuro se começou a desenhar.
[3][4] O vocalista explica como encontrou o nome para a banda:
[ 5 ] 'À Flor da 🛡 Pele' era um nome demasiado grande, psicadélico e desprovido do sentido dos tempos imediatos que se viviam na música (...
) 🛡 De regresso a casa, quando o cabo da televisão a preto e branco voltou a falhar e eu fui dar 🛡 o toque mágico, parei na fração de segundo que faz nascer a ideia quando fixei as duas entradas na traseira 🛡 do aparelho: VHF e UHF.
As dificuldades daquela época eram tremendas, pois não havia salas nem existia um circuito de espetáculos 🛡 em que os grupos se pudessem mostrar.
O país estava a acordar de uma enorme apatia social asfixiado por anos de 🛡 isolamento e o rock era encarado como brincadeira para rapazes em tempo de liceu, que rapidamente se diluía com a 🛡 chamada para a incorporação na tropa.
[6][7] Mas o espírito empreendedor dos UHF era tal que, perante a dificuldade em encontrar 🛡 locais para tocarem em Almada, organizaram uma série de eventos num local perto do rio Tejo chamado Canecão no sentido 🛡 de dinamizar a zona e com muitas bandas convidadas.[3]
"Éramos vulgarmente corridos de uma sala emprestada por boa vontade ao fim 🛡 de meia dúzia de ensaios por fazermos barulho, porque os cabelos eram compridos, falávamos alto e ríamos muito (...
) Não 🛡 tínhamos um adufe ou uma viola burguesa para encantar as elites (...
) E esse era um perigoso desvio ideológico, maltratando 🛡 as conjecturas do borrão dos cigarros, uma afronta à cultura popular obrigacionista.
" [ 8 ] – Os UHF falam da 🛡 dificuldade para arranjar uma sala de ensaios, em 1978.
No início de novembro de 1978 realizaram o primeiro concerto no Bar 🛡 É, em Lisboa, fazendo a primeira parte dos Faíscas.
Nesse concerto convidaram Vitor Macaco – um operário da Lisnave com pinta 🛡 para dar espetáculo – para assumir a vocalização, mas estaria pouco tempo na banda.António M.
Ribeiro ocupava apenas a guitarra rítmica 🛡 e coros e só depois viria a assumir o papel de vocalista.
Na plateia, o mediático radialista António Sérgio, espetador atento, 🛡 confessava-se entusiasta do som underground dos UHF.
O segundo concerto aconteceu na discoteca Brown's, em Lisboa, no dia 18 de novembro 🛡 de 1978, na primeira parte dos Aqui d'el-Rock.
Esta é a data oficial de aniversário considerada pelos UHF porque foi o 🛡 primeiro concerto com António M.
Ribeiro na voz principal.
Foi uma atuação pragmática, como recordou mais tarde: "Não sei se foi da 🛡 timidez ou da falta de ensaio de som, mas tocámos tão alto e tão rápido e berrei tanto que abafámos 🛡 as palmas logo com uma nova canção".
Os membros da banda viviam em Almada e as suas deslocações à capital estavam 🛡 limitadas aos horários do transporte que fazia a travessia do rio Tejo.
Para não perderem o último cacilheiro no regresso a 🛡 casa, impunha-se a rápida saída depois dos concertos, ficando conhecidos como "Os gajos de Almada que chegam, tocam e desaparecem".[9]
No 🛡 dia 3 de junho de 1979 fizeram a estreia em grandes eventos, naquele que foi o décimo primeiro concerto da 🛡 banda, com a participação no "Festival Antinuclear – Pelo Sol", realizado no Parque Eduardo VII, onde tocaram nomes como Rão 🛡 Kyao, Pedro Barroso, Vitorino, Fausto, Trovante, Minas & Armadilhas, entre outros,[10] A 6 e 7 de agosto os UHF tocaram 🛡 em Vila Viçosa com mais um guitarrista, Alfredo Pereira, que deixara os Aqui d'el-Rock em busca de um projeto mais 🛡 consistente, mas a sites para ganhar dinheiro jogando passagem foi breve.
Participaram também os Minas & Armadilhas – que causaram uma afronta às convicções locais 🛡 – e os promissores Xutos & Pontapés (ex-Beijinhos e Parabéns), ainda sem projeção mediática, pois apesar de darem vários concertos 🛡 só conseguiriam o primeiro registo fonográfico em 1982.[11][12]
Na primavera de 1979 foram convidados a gravar na pequena editora Metro-Som, à 🛡 semelhança do que acontecera com os Aqui d'el-Rock.
Sem contrato assinado lançaram em outubro desse ano o extended play Jorge Morreu, 🛡 um disco de intervenção composto por três faixas que não obteve sucesso comercial, uma vez que a editora não promovia 🛡 as suas bandas tanto na rádio como na imprensa.
Descontentes com a situação contactaram a multinacional PolyGram mas o rumo da 🛡 editora, na altura, ainda não passava pelo rock nacional.
[13] Em 1979 já percorriam Portugal de norte a sul e conseguiram 🛡 o feito inédito de uma digressão nacional completa, consolidando a sites para ganhar dinheiro jogando reputação.
[14] Foram uma das poucas bandas nacionais escolhidas para 🛡 fazer a primeira parte de artistas de renome internacional, caso dos Dr.
Feelgood com dois concertos consecutivos a 18 e 19 🛡 de setembro no Dramático de Cascais,[15] e de Elvis Costello, com os Attractions, nos dias 15 no pavilhão Infante de 🛡 Sagres, no Porto, e 17 e 18 de dezembro no pavilhão de Os Belenenses, em Lisboa.
[16] Os UHF adquiriram junto 🛡 da imprensa o estatuto de 'banda ao vivo', mas passavam despercebidos aos responsáveis das grandes editoras pois estes não saíam 🛡 dos seus gabinetes para se inteirarem dos concertos de rua.
A linguagem escrita do rock em português, direta e espontânea, chegava 🛡 pela primeira vez a todos os lugares de Portugal.
Os músicos atrevidos de Almada começavam a fazer a radiografia real da 🛡 vida dos jovens urbanos, falando dos fluxos migratórios, marginalidade, prostituição, drogas duras e do trabalho árduo na Lisnave.
Corporizavam a vivência 🛡 do 'estar à margem' e alguma ortodoxia rock inspirada nos Doors e em Lou Reed.[17]
Sucesso e o boom do rock 🛡 português (1980–1982) [ editar | editar código-fonte ]
No início de 1980, Xutos & Pontapés, GNR, Heróis do Mar, IODO, Street 🛡 Kids, António Variações, entre outros, foram lançados nos concertos dos UHF.
[18] Com o desaparecimento dos Aqui d'el-Rock, Minas & Armadilhas 🛡 e dos Faíscas (depois Corpo Diplomático), foram os UHF que passaram a dirigir o motor do rock nacional.
Cognominados de 'Locomotiva 🛡 de Almada', impulsionaram o nascimento de novas bandas.[19]rock português.
Uma "pedrada no charco" na língua inglesa.
A canção fala da vida brutal 🛡 das pessoas de todos os dias.
[ 20 ] [ 21 ] Primeiro grande sucesso doportuguês.
Uma "pedrada no charco" na língua 🛡 inglesa.
A canção fala da vida brutal das pessoas de todos os dias.
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Primeiro logotipo 🛡 da banda, em 1980.
Após uma primeira tentativa falhada com a EMI–Valentim de Carvalho, em janeiro de 1980, a banda voltou 🛡 pouco meses depois a apresentar a mesma maqueta do tema "Cavalos de Corrida", entrando também na disputa a editora Vadeca; 🛡 "Comigo este single vai vender no mínimo 50 mil", foram as palavras certeiras (como se confirmou mais tarde) do diretor 🛡 Ilídio Viana.
Desconfiados, os UHF decidiram optar pela EMI e celebraram contrato de cinco anos, no início da primavera.
[22] Gravaram em 🛡 junho a canção "Cavalos de Corrida", mas para espanto do grupo ficou arquivada durante três meses.
Américo Manuel retirou-se, cedendo o 🛡 lugar de baterista a Zé Carvalho.
Participaram no programa de rádio ao vivo Febre de Sábado de Manhã, um dos principais 🛡 percursores da divulgação do rock cantado em português, em que apresentaram em playback, na primeira e única vez ao vivo, 🛡 a maqueta "Cavalos de Corrida".
[23] Os novos músicos que despontavam com o rock nacional encontraram também no programa Rock Em 🛡 Stock, da Rádio Comercial, o trampolim para o reconhecimento do seu trabalho.
A canção "Cavalos de Corrida" foi o primeiro grande 🛡 êxito de audiência do programa.
[24] No dia 7 de junho de 1980 fizeram a primeira parte dos Uriah Heep em 🛡 Cascais,[25] e a 10 de junho o semanário Rock Week publicou na capa uma foto com o título desafiante: UHF 🛡 – O Canal Maldito.
Na entrevista, conduzida pelo jornalista António Rolo Duarte, António M.
Ribeiro revelava a linha ideológica da banda:
rock mais 🛡 politizado, assumindo até às últimas consequências o cariz polémico e rebelde da música rock, no sentido das palavras, na expressão 🛡 cénica, na subversão do ritmo.
Situamo-nos no espírito da nova esquerda europeia e as nossas preocupações para a defesa deste pequeno 🛡 mundo baseiam-se na ecologia, a ciência do futuro.
[ 26 ] Basicamente, consideramo-nos o grupo português demais politizado, assumindo até às 🛡 últimas consequências o cariz polémico e rebelde da música, no sentido das palavras, na expressão cénica, na subversão do ritmo.
Situamo-nos 🛡 no espírito da nova esquerda europeia e as nossas preocupações para a defesa deste pequeno mundo baseiam-se na ecologia, a 🛡 ciência do futuro.
Na primeira entrevista de exposição mediática foi notória a maturidade da banda e do seu líder, opondo-se aos 🛡 discursos vulgares da maioria dos músicos da época.
O cognome 'Canal Maldito' ficou e tornou-se uma constante no trajeto da banda.
Em 🛡 2004, foi criado um blogue de debate musical e em 2013 Nuno Calado produziu e realizou o documentário UHF Canal 🛡 Maldito – 35 anos para o canal RTP.[27]
Capa do single que lançou o boom do rock português, em 1980.[ 28 🛡 ]
No dia 16 de agosto de 1980, participaram no "1º Festival Rock de Cascais" com os Skids, Tourists, Original Mirrors 🛡 e 999.
[29] Fizeram a primeira parte dos três concertos dos Ramones no nosso país nos dias 22, no pavilhão Infante 🛡 de Sagres no Porto, e 23 e 24 de setembro no pavilhão Dramático de Cascais.
[30] A 16 de outubro foi 🛡 finalmente lançado o single "Cavalos de Corrida", tema já conhecido em quase todo o país.
Atingiu o primeiro lugar do top 🛡 nacional mantendo-se por várias semanas.
[31] Só faltava um catalisador para que o rock cantado em português entrasse nas editoras e 🛡 na antena da rádio, o que viria a acontecer por ação da greve dos músicos sindicalizados descontentes com a sites para ganhar dinheiro jogando 🛡 situação profissional, situação que afetou também o Festival RTP da Canção 1980.
As editoras, para evitarem o prejuízo, abriram as portas 🛡 aos grupos de rock e, em parceria com a rádio, rebentou o inevitável boom da nova música nacional.
[6] A sintonia 🛡 pelo fenómeno que despontava era total, pois os músicos tinham a mesma idade dos radialistas, jornalistas e dos editores; Todos 🛡 falavam da mesma maneira.
[17] De salientar que quando Rui Veloso lançou o seu álbum de estreia com o sucesso "Chico 🛡 Fininho", já os UHF tinham percorrido quase todo o país com um roteiro intenso de concertos.
Antes de 1980, ao contrário 🛡 dos UHF, Rui Veloso não tem qualquer registo tanto de estrada como fonográfico,[17][32] como corroborou António M.Ribeiro:rock and roll.Também (...
) 🛡 Não se trata de avaliar o ADN da paternidade, trata-se de reconhecer o grito firme e continuado que mexe com 🛡 tudo, a diferença entre quem era e quem queria ser.
Rui Veloso não esteve na génese do rock português, deram-lhe um 🛡 cognome é certo, mas a locomotiva já ia em andamento quando o 'pai' nasceu.
[ 19 ] De repente todos queriam 🛡 ser como nós, a 'locomotiva de Almada' (...
) Enquanto o produtor Carlos Gomes e o Valentim de Carvalho procuravam trazer 🛡 Rui Veloso para espetáculo como um todo coerente capaz de reproduzir o disco gravado, os UHF somavam palcos e conquistavam 🛡 namoradas por este país fora.Sexo, drogas &.Também (...
) Não se trata de avaliar o ADN da paternidade, trata-se de reconhecer 🛡 o grito firme e continuado que mexe com tudo, a diferença entre quem era e quem queria ser.
Rui Veloso não 🛡 esteve na génese doportuguês, deram-lhe um cognome é certo, mas a locomotiva já ia em andamento quando o 'pai' nasceu.
Em 🛡 1980 os UHF realizaram o registo imbatível de 81 concertos, incluindo a participação com os UFO em Coimbra e Lisboa, 🛡 a 13 e 14 de dezembro, respetivamente.
[33] Com a entrada em cena da geração do boom, os músicos e compositores 🛡 deixaram de praticar uma atividade marginal complementar de um emprego.
A banda de Almada foi das primeiras a assumir-se como profissional 🛡 do rock em Portugal.
[34] Antes de iniciarem a gravação do primeiro álbum, os UHF foram seduzidos por representantes de editoras 🛡 estrangeiras a optarem pela língua inglesa.
A Stiff Records, pretendendo dar continuidade às novas tendências musicais da new wave, apresentou a 🛡 proposta mais convincente, abrindo as portas dos estúdios na capital britânica: "Vocês são bons, isto é novo, mas ninguém vos 🛡 percebe", afirmou o enviado inglês.
No entanto, o receio de trocar o sucesso que despontava internamente pela desconhecida e exigente plateia 🛡 inglesa veio a pesar na decisão.
[35] Gravaram um disco com versões em inglês dos seus êxitos que não chegou a 🛡 ser editado.
A banda recusou abandonar a língua materna.[36]
Em junho de 1981 lançaram o primeiro álbum de estúdio À Flor da 🛡 Pele obtendo sucesso nas faixas "Rua do Carmo", "Geraldine" e "Modelo Fotográfico".
O tema "Rapaz Caleidoscópio" tornou-se o hino da geração 🛡 rebelde de 1980 e uma canção de culto.
[37] Os primeiros 12 500 exemplares do álbum incluíam um single extra com 🛡 os temas "Quem irá beber comigo? (Desfigurado)" e "Noite Dentro".
O primeiro tema a ser conhecido foi "Rua do Carmo" e 🛡 a sites para ganhar dinheiro jogando apresentação ao público feita com uma atuação na montra de uma loja do Chiado, com a rádio em 🛡 direto e a televisão a recolher imagens que o Telejornal exibiria nessa noite.
Nunca antes em Portugal se tinha visto nada 🛡 assim.
[7] O single ultrapassou as trinta semanas de permanência no top de preferências da rádio e o álbum foi premiado 🛡 com disco de ouro por vendas avultadas.[30]rock português.
Canção pujante e intensa, presta homenagem à [ 38 ] Tema notável doportuguês.
Canção 🛡 pujante e intensa, presta homenagem à rua do Carmo em Lisboa e celebra todo um conjunto de vida no Chiado.
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Logotipo clássico divulgado em 1981.
Em 1980 as canções "Cavalos de Corrida" e "Chico Fininho", 🛡 de Rui Veloso, foram as responsáveis pelo início do boom e com elas o rock começou a falar de nós, 🛡 das nossas coisas, das pessoas com que nos cruzávamos todos os dias, mas seria em 1981 com "Rua do Carmo" 🛡 e "Chiclete", dos Táxi, a confirmação que algo mudara na música portuguesa, com novos músicos, autores, público identificado e indústria 🛡 rock estabelecida.
O fenómeno rock português é o movimento de renovação musical mais importante do pós '25 de Abril'.
[39] No dia 🛡 19 de abril participaram no segundo aniversário do programa de rádio Rock Em Stock no Pavilhão do Restelo juntamente com 🛡 os Street Kids, NZZN, Jafumega, Roxigénio, GNR e Arte & Ofício.
Tocaram ainda com os Téléphone e Dexys Midnight Runners.
[40] As 🛡 bandas NZZN, Xutos & Pontapés, IODO e Opinião Pública resolveram associar-se aos UHF para formarem a agência de espetáculos GRR 🛡 (Grupo Rock Reunidos) no sentido de serem defendidos de alguns pouco escrupulosos empresários musicais.
Essas bandas preenchiam as primeiras partes nos 🛡 concertos dos UHF e ganhavam maior visibilidade.
Como agradecimento os Opinião Pública convidaram António M.
Ribeiro para produzir o álbum de estreia.
[41] 🛡 No louco ano de 1981 António M.
Ribeiro tornou-se 'estrela rock'.
Vida veloz, acidentes de viação em busca do próximo concerto, cabelos 🛡 compridos, rebeldia, frontalidade, independência e os caminhos solitários, eram semelhanças que o aproximavam a um ícone mundial.
Numa das múltiplas entrevistas 🛡 que o cantor dava, António Macedo, jornalista do semanário Se7e, questionou: "Como te sentes na pele do Jim Morrison português?" 🛡 Sem nunca ter admitido tal pretensão, o líder dos UHF passou a simpatizar com a analogia.[42]
Em fevereiro de 1982 lançaram 🛡 o álbum Estou de Passagem no formato mini LP, que rapidamente conquistou o disco de prata.
Foi experimentada uma sonoridade mais 🛡 leve com a presença do sintetizador.
É um disco com mensagem com temas filosóficos e outros marcadamente políticos, como é o 🛡 caso do tema título e de "Notícias de El Salvador".
O primeiro é o testemunho na fronteira esotérica da vida onde 🛡 tudo é precário e silencioso, enquanto o segundo fala da guerra civil que devastou aquele país entre 1980 e 1982.
A 🛡 canção é interpretada pelo baixista Carlos Peres.[43][44]
Desconforto na editora e o primeiríssimo álbum ao vivo (1982–1985) [ editar | editar 🛡 código-fonte ]
No início de 1982, os UHF tinham um sistema empresarial envolvente que englobava escritório, relações públicas, logística e gestão 🛡 de sistemas de luz e som, que permitia à banda uma autonomia ímpar no panorama do espetáculo em Portugal.
Quem fazia 🛡 a primeira parte dos concertos do grupo tinha pela primeira vez direito a um som profissional,[45] como lembrou o vocalista: 🛡 "Por exemplo, no encarte do álbum 78/82 dos Xutos & Pontapés estão lá agradecimentos aos UHF", referindo-se aos aspetos técnicos 🛡 que na altura só a banda tinha no país e que emprestava.[46]
Descontentes com a pouca atenção que a Valentim de 🛡 Carvalho dava ao mediatismo da banda, decidiram quebrar o contrato de cinco anos e mudaram-se para a Rádio Triunfo, numa 🛡 transferência que cobriu as manchetes dos jornais na época, a primeira em Portugal a envolver uma grande editora.
[47] A precipitada 🛡 decisão, que apesar de submetida a votação não fora tomada por unanimidade, causou desconforto na banda.
Em outubro lançaram Persona Non 🛡 Grata (1982), o terceiro álbum de estúdio e o mais ferozmente rock, escrito ao longo desse verão quente e agitado.
O 🛡 tema "Um Mau rapaz" reflete, a partir do título, o clima psicológico que envolvia o grupo, não só pela troca 🛡 da editora mas também pela fotografia da capa do disco em que António M.
Ribeiro aparece isolado alimentando a especulação de 🛡 uma foto promocional para uma futura carreira a solo; Suspeita que nunca se confirmou.
[48] Partiram em digressão passando por França 🛡 e Alemanha, no ano em que totalizaram 86 concertos.
[30][49] No final de 1982, a maioria das bandas resultantes do boom 🛡 perderam-se pelo caminho, fosse por ingenuidade, falta de solidez nos projetos, escolha voluntária ou desencanto.
Apesar das claras dificuldades musicais e 🛡 sociais da época, António Manuel Ribeiro, compositor e mentor da banda, conseguiu dar continuidade ao projeto sólido dos UHF.[50]
"Ao longo 🛡 de três anos na Rádio Triunfo editamos três álbuns e quatro singles.
Esse repertório permanece esgotado, sem edição em disco compacto 🛡 ou venda digital.
Tentámos tudo para ver esses discos reeditados.
É um prejuízo incalculável em termos artísticos e financeiros, uma lacuna na 🛡 carreira dos UHF por vezes utilizada para suscitar um vazio criativo que não existiu".
[ 51 ] – Os UHF falam 🛡 do desconforto causado pelos equívocos da indústria musical.
Na primavera de 1983 foi editado o quarto álbum de estúdio Ares e 🛡 Bares de Fronteira e a primeira edição esgotou rapidamente.
É um disco sombrio em que as letras refletem, por um lado, 🛡 uma fase negativa na vida pessoal de António M.
Ribeiro e, por outro, as sombras do estado da nação, a austeridade 🛡 que Portugal vivia com a nova entrada do Fundo Monetário Internacional em 1983.
Tudo ficou mais caro, o custo de vida 🛡 agravou-se e a nova editora tornou-se um paraíso perdido.
Ainda assim, conseguiram realizar 72 concertos.
No decorrer da digressão o baixista Carlos 🛡 Peres abandonou o grupo, dando o último concerto no dia 29 de outubro, no Porto.
[45] O lugar foi preenchido por 🛡 José Matos.
[52] Os UHF voltaram a apostar no segundo guitarrista nos concertos ao vivo, à semelhança do que fizeram em 🛡 1979 com Alfredo Pereira.
Convidaram Francis, que tinha deixado os Xutos & Pontapés, mas estaria pouco tempo na banda.[53]
Em 1984 lançaram 🛡 o single de inéditos "Puseste o Diabo em Mim".
O tema homónimo fala da imaginação à solta do platonismo por uma 🛡 professora, enquanto que o tema do lado B, "De Um Homem Só", é uma canção autobiográfica, um desabafo sentido sobre 🛡 o começo das confusões internas no grupo.
[54] No início da primavera, Zé Carvalho sofreu um grave acidente de viação e 🛡 foi substituído temporariamente por Luís Espírito Santo.
Após a convalescença acabou por deixar os UHF por incapacidade física para tocar bateria, 🛡 entrando o veterano Zé da Cadela.[55]
Em maio de 1985 foi editado o álbum Ao Vivo em Almada - No Jogo 🛡 da Noite, gravado ao vivo nas noites de 23, 24 e 25 de novembro de 1984 no Centro Cultural do 🛡 Alfeite, em Almada.
Foi lançado com o intuito de concluir as obrigações contratuais com a editora.
Descontentes com a Rádio Triunfo, os 🛡 UHF recusaram entregar novas canções e propuseram no último ano do contrato a gravação de um disco ao vivo com 🛡 inclusão de três inéditos e é o primeiro disco de rock gravado ao vivo por uma banda nacional.
[56] Houve nova 🛡 alteração com a entrada do baixista Fernando Delaere e do baterista Manuel Hippo – provenientes dos Go Graal Blues Band 🛡 – que substituíram, respetivamente, José Matos e Zé da Cadela.
Meses depois António M.
Ribeiro, farto da banda e das constantes discussões, 🛡 afastou-se e resolveu dar aos parceiros um mês para encontrarem outro vocalista.
No entanto, as audições – que chegaram a incluir 🛡 o ex membro Carlos Peres, entre outros – não correram bem e a banda pediu a reaproximação, como recordou o 🛡 afamado vocalista: "Foi um tempo triste, em que chegava de carro sozinho com a minha namorada aos concertos por esse 🛡 país fora".
[57] No final de 1985, os UHF recusaram renovar o contrato com a Rádio Triunfo.
A editora decretou falência pouco 🛡 tempo depois e todo o espólio foi adquirido pela Movieplay, que bloqueou durante vários anos a reedição do material que 🛡 a banda gravou entre 1982 e 85 e impediu a utilização dessas canções também em coletâneas.
[58] Ao Vivo em Almada 🛡 – No Jogo da Noite, sendo uma edição limitada e com pouca probabilidade de reedição em vinil, acabou por tornar-se 🛡 um disco raro e um dos mais caros do mercado de usados em Portugal.[51]
Novo ciclo e retorno ao sucesso (1986–1996) 🛡 [ editar | editar código-fonte ]
Os meandros do rock português começaram a melhorar em 1986, mas os UHF vivam uma 🛡 crise profunda que originou uma digressão com alguma instabilidade.
O guitarrista Renato Gomes foi o último elemento da formação inicial a 🛡 deixar o grupo, "saturado das tantas voltas a dar neste país tão pequeno.
" Em 1987 os UHF estavam sem editora 🛡 e António M.
Ribeiro aventurou-se a solo, de forma discreta, aproveitando assim para renovar a banda e iniciar um novo ciclo.
A 🛡 Fernando Delaere (baixo) juntaram-se o baterista Rui Beat Velez e o guitarrista Rui Rodrigues que substituíram, respetivamente, Manuel Hippo e 🛡 Renato Gomes.
Na última quinzena desse ano regressaram à Alemanha para alguns concertos junto da comunidade portuguesa.[30]
A 20 de abril de 🛡 1988 foi estreado o tema "Na Tua Cama" no velho Estádio da Luz, perante 120 mil pessoas, numa atuação durante 🛡 o intervalo de um jogo da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
O lançamento do single, fora do espaço da rádio e 🛡 da televisão, foi uma inovação na música portuguesa.
Em junho foi lançado o quinto álbum de estúdio Noites Negras de Azul 🛡 (1988), auto produzido por António M.
Ribeiro, e que foi uma aposta do A&R António Manuel Rolo Duarte que acreditou no 🛡 grupo depois de ouvir a maqueta "Na Tua Cama".
Celebraram contrato de três anos com a Edisom.
[59] O single ocupou o 🛡 primeiro lugar de preferências da rádio e o álbum teve entrada direta para o top de vendas.
[60] É um trabalho 🛡 com forte sonoridade, e o disco mais 'negro' dos UHF, marcado pela ressaca do sucesso vivido por António M.
Ribeiro no 🛡 boom do rock português no início da década de oitenta.
O próprio álbum é uma retrospeção de histórias pessoais do autor 🛡 – conquistas, falhanços e revolta – notado com mais clareza nos textos das canções "Nove Anos", "Quero Estoirar", "Na Tua 🛡 Cama" e "Íntimo (regresso do inferno)".
Conseguiram contornar a crise do rock nacional introduzindo algumas influências musicais da ala cinzenta do 🛡 rock alternativo, cativando assim novos fãs.[61]
rock com sonoridade acústica e um dos maiores sucessos da banda.
A canção revela uma história 🛡 pessoal de António Manuel Ribeiro.
[ 62 ] Baladacom sonoridade acústica e um dos maiores sucessos da banda.
A canção revela uma 🛡 história pessoal de António Manuel Ribeiro.
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Logotipo da banda renovado em 1988.
Durante as gravações 🛡 o baixista Fernando Delaere e o baterista Rui Beat Velez foram substituídos, respetivamente, por Xana Sin e Luís Espírito Santo.
O 🛡 tema "Sonhos na Estrada de Sintra" teve a participação de Renato Gomes na guitarra elétrica e tornou-se a segunda canção 🛡 tribal dos UHF, depois de "Rapaz Caleidoscópio".
[63] Para a digressão convidaram Rui Beat Velez para que o palco fosse ocupado 🛡 por dois bateristas a atuar em simultâneo.
[64] No dia 9 de julho participaram no "1º Festival Rock do Benfica" juntamente 🛡 com os Saxon, Bonnie Tyler, The Wailers e Bryan Adams.
[65] Em novembro lançaram o sexto álbum de estúdio Em Lugares 🛡 Incertos (1988) em que se nota a experimentação da caixa de ritmos.
Em janeiro de 1989 realizaram a 13ª atuação no 🛡 mítico clube Rock Rendez-Vous, naquele que foi o último grande espetáculo com a sala esgotada antes do encerramento definitivo.
O concerto 🛡 foi transmitido em direto pela estação de rádio RFM.[66]
Em junho de 1989 editaram os inéditos "Hesitar", "Está Mentira à Solta" 🛡 e uma versão elétrica do tema "(Fogo) Tanto me Atrais" em maxi single.
O registo incluí uma entrevista ao líder da 🛡 banda.
Pedro Faro, ex-A Junção, substituiu Xana Sin no baixo elétrico e Renato Júnior foi convidado a tocar saxofone no tema 🛡 "Hesitar".
[30] Em junho de 1990 foi lançado o sétimo álbum de estúdio Este Filme - Amélia Recruta com destaque para 🛡 o tema"Amélia Recruta", uma critica ao Serviço Militar Obrigatório, de dimensão colonial, que teimava permanecer em Portugal e tinha apanhado 🛡 novamente alguns músicos dos UHF.
[67] O baixista Xana Sin regressou à banda e saiu Pedro Faro, e o teclista Renato 🛡 Júnior tornou-se membro integrante.
Em outubro lançaram o segundo álbum ao vivo, Julho 13 (1990), gravado na noite de 13 de 🛡 julho na Incrível Almadense celebrando o Dia Mundial do Rock.
Por insistência da editora o concerto reuniu em palco – pela 🛡 primeira vez depois da separação – os ex membros Carlos Peres, Renato Gomes e Zé Carvalho que marcaram o período 🛡 comercial mais lucrativo.
Tocaram os emblemáticos temas "Cavalos de Corrida", "Concerto", "Rapaz Caleidoscópio" e "Geraldine".
O álbum foi galardoado com disco de 🛡 prata e concluiu o contrato com a Edisom.[68]
Na década de 1990 integraram o catálogo da BMG.
No dia 31 de julho 🛡 de 1991, participaram no festival no Estádio José Alvalade que juntou Joe Cocker e Simple Minds.
Vítimas da má organização do 🛡 festival, a atuação dos UHF apenas durou trinta minutos por imposição de uma estranha lei de submissão à organização portuguesa.
Ficou 🛡 o registo do mau som e da falta de liderança dos responsáveis pelo festival.[69]
"O que me chocou foi ver aquela 🛡 brutalidade humana, vizinhos inimigos dos próprios vizinhos e campos de concentração; Daí a analogia que faço com Hitler na letra.
Falo 🛡 do erro dos europeus ao juntarem aquelas nações a régua e esquadro, quando canto 'Jugoslávia bonita, filha da Europa, fronteiras 🛡 malditas que o ódio devora'.
" [ 70 ] – Uma guerra pela televisão narrada no tema "Sarajevo".
A 25 de setembro 🛡 lançaram o oitavo álbum de estúdio Comédia Humana (1991), obtendo sucesso nos temas "Brincar no Fogo" e "De Segunda até 🛡 Sexta".
É um disco trovadoresco, com a escrita a revelar o olhar e a tomada de consciência existencial quando uma guerra 🛡 lá longe no deserto é um acontecimento diário.
A canção "Comédia Humana" faz uma abordagem à primeira guerra do Golfo, em 🛡 1990, narrando a barbaridade entre militares obedientes no teatro das operações e ao vivo na televisão: "A primeira vez que 🛡 uma ação militar não é fixa pela foto, mas por sequência de imagens de combate em direto pela TV", no 🛡 olhar crítico de António M.Ribeiro.
[71] O guitarrista Toninho e o baixista Nuno Espírito Santo protagonizaram nova mexida na banda.
Na digressão 🛡 atuaram nos Coliseus de Lisboa e Porto, respetivamente, a 7 e 8 de fevereiro de 1992, sendo o de Lisboa 🛡 gravado pelo canal RTP.
Contou com as participações especiais de Jorge Palma, Zé Pedro e Lena d'Água,[72] e foi lançado o 🛡 single "Ao Vivo no Coliseu dos Recreios",[73] um bootleg em formato vinil limitado a quinze exemplares com os temas "Estou 🛡 de Passagem" e "Frágil", este, em dueto com Jorge Palma.
Em 1992 o líder e fundador retomou o seu projeto a 🛡 solo e lançou o primeiro álbum de estúdio.[74]
Em maio de 1993 os UHF lançaram o nono álbum de estúdio Santa 🛡 Loucura, um trabalho eclético, maturado, de que resultou uma panóplia de canções e vários sucessos com destaque para a versão 🛡 de "Menina Estás à Janela".
[75] "Sarajevo" é uma canção de intervenção social que retrata a barbaridade de outra guerra que 🛡 renascia na Europa.
Transmitida em direto pela televisão, o conflito revelava a luta pela independência das repúblicas que formavam a Federação 🛡 Jugoslava.
[70] Ocorreu nova alteração na banda com as saídas de Toninho (guitarra) e Luís Espírito Santo (bateria) entrando, respetivamente, Rui 🛡 Dias e Fernando Pinho e o baixista Fernando Delaere regressou à banda para o lugar de Nuno Espírito Santo.
Foi um 🛡 álbum bem recebido pelo público mas com fraco volume de vendas, devido à má gestão promocional da editora, uma vez 🛡 que o vídeo de promoção televisiva do tema "Menina Estás à Janela" fora atribuído à compilação de vários artistas Número 🛡 1 – que alcançou o primeiro lugar do top de vendas e aí se manteve por várias semanas – em 🛡 vez de promover o próprio álbum dos UHF.
As vendas de Santa Loucura não refletiram os múltiplos concertos realizados no verão 🛡 de 1993 e a banda esteve em polvorosa com os responsáveis da BMG.
O disco conquistou apenas o galardão de prata.
[76] 🛡 A 11 de setembro atuaram no Estádio José Alvalade na primeira parte de Billy Idol e Bon Jovi, perante uma 🛡 plateia de 50 mil pessoas.
Tocaram somente seis temas para trinta minutos de frenesim português que atingiu a apoteose na canção 🛡 "Menina Estás à Janela", entoada em coro pelo público e que fechou o alinhamento.
[77] A edição do extended play temático 🛡 4 Rave Songs (1993) é uma abordagem musical ao movimento rave, que conquistou a Europa nos anos noventa, e recupera 🛡 quatro temas do álbum Santa Loucura, em que se inclui duas novas misturas de sonoridade eletrónica: "Aqui Planeta Terra" e 🛡 "Esperar Aqui Por Ti".
Teve venda exclusiva nas lojas Bimotor e com edição limitada.[30]punk rock.
Tornou-se um dos maiores sucessos da banda.
[ 🛡 30 ] Canção popular recriada pelos UHF com sonoridade próxima do.
Tornou-se um dos maiores sucessos da banda.
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A 17 de maio de 1995 foi lançada a primeira coletânea do grupo, intitulada Cheio (O melhor 🛡 de), com os temas regravados em ambiente acústico no Convento dos Capuchos, em Almada.
O single de apresentação foram novas versões 🛡 dos clássicos "Cavalos de Corrida" e "Rua do Carmo" e o álbum apresenta cinco inéditos, caso de "Por ti e 🛡 Por Nós Dois" ou Toca-me lançado posteriormente no formato extended play.
Na altura os UHF não tinham guitarrista definido e Renato 🛡 Gomes foi convidado a participar em alguns temas.
A coletânea foi reeditada no ano seguinte com nova capa e cinco inéditos 🛡 no disco extra.
Meses depois foi colocado nos escaparates um volume do Talento Club Mania Show, da autoria de Carlos Caseiro, 🛡 dedicado à banda de Almada.
[30][78] Ainda em 1995 a BMG recuperou os álbuns Comédia Humana e Santa Loucura, de 1991 🛡 e 1993, respetivamente, e lançou Back 2 Back uma mini box set constituída por dois discos com tiragem limitada.[79]
No início 🛡 de 1996, a Valentim de Carvalho editou a coletânea Cavalos de Corrida - Coleção Caravela contendo os sucessos da banda 🛡 que marcaram o rock português.
[30] No mês de março foi lançada a coletânea Sarajevo - Bósnia 1996, no formato cassete, 🛡 com tiragem de 600 exemplares.
Trata-se de uma oferta simbólica produzida para o contingente militar português que integrava a missão de 🛡 paz na Bósnia.
Três anos depois, em 1999, a banda foi convidada a realizar um concerto de Natal na capital Sarajevo 🛡 mas foram impedidos pelo forte nevão que se fez sentir naquela zona.
[70] Em outubro a Virgin Megastore, em parceria com 🛡 a BMG e a Swatch, comemorou a abertura da loja em Lisboa com o lançamento de uma caixa intitulada Virgin 🛡 Megastore - Algarve, que incluía o relógio "Algarve" e um shaped disc com o formato de um mostrador de relógio 🛡 contendo quatro bandas nacionais da editora;[80] Os UHF participaram com o inédito "Sábado (nos teus braços)", tema que faz ma 🛡 incursão pelo blues com letra em português.
[81] Em novembro lançaram o décimo álbum de estúdio 69 Stereo (1996), que corroborou 🛡 o rock convencional na sonoridade dos UHF.
Rui Padinha tornou-se o novo guitarrista.
A canção de intevenção "O Povo do Mundo" é 🛡 um manifesto contra a 'universal estupidez consciente' do racismo, xenofobia e intolerância religiosa que tardam em desaparecer da sociedade.
[82] O 🛡 tema "Foge Comigo Maria", com acústica caracterizada de Lou Reed ligth, tornando-se o maior sucesso do disco.
A banda convidou Né 🛡 Ladeiras para participar na faixa "Amor Perdi".[83]
Independência e consolidação da formação (1997–2009) [ editar | editar código-fonte ]
Logótipo da editora 🛡 dos UHF, fundada em 1997.
Atento às más experiências vividas no passado, e saturado das obrigações contratuais, António M.
Ribeiro criou a 🛡 editora AM.
RA Discos, no final de 1997, de forma a ter controlo sobre a sites para ganhar dinheiro jogando obra, tornando os UHF editorialmente 🛡 independentes.
Antevendo o encolhimento da indústria discográfica nacional, arrastado pelo que acontecia no resto do mundo, a banda decidiu negociar apenas 🛡 a distribuição com outras editoras.
[84] Com essa decisão, acrescida da intrépida atitude independente desde o início da carreira, os UHF 🛡 foram perdendo alguma exposição mediática.
O líder da banda aponta o dedo a uma imprensa "que não gosta de falar de 🛡 nós e para quem as pessoas que têm sucesso e vivem de cabeça erguida são um alvo a abater.
É uma 🛡 imprensa que faz apostas que saem furadas e que depois tem falta de honestidade para assumir o erro", desabafa,[85] e 🛡 recordou o fragoso percurso por si conduzido para a emancipação da banda:
[ 86 ] A independência em Portugal paga-se, por 🛡 que a independência é um ato de inteligência e neste país não podemos ser inteligentes.
Em 1998 celebraram vinte anos de 🛡 carreira com a edição do 11º álbum de estúdio Rock É! Dançando Na Noite, o primeiro disco da nova editora.
"Quando 🛡 (dentro de ti)" foi o tema de maior sucesso, uma canção positiva que fala da força que existe esquecida nas 🛡 pessoas.
A banda foi totalmente renovada com músicos mais jovens que António M.
Ribeiro, o que proporcionou uma atitude musical mais coerente 🛡 no plano de trabalho.
Entraram David Rossi (baixo), Marco Cesário (bateria), Jorge Manuel Costa (teclas) e António Côrte-Real, guitarrista e filho 🛡 do líder da banda.
Todos colaboraram como compositores dos temas.
[86] Em agosto participaram com o inédito "Laura In" na compilação Promúsica 🛡 19, numa edição da revista com o mesmo nome.[87]
"Passo a passo, vamos fazendo aquilo que queremos.
E muitas vezes essa independência 🛡 incomodou.
Mas a independência incomoda em Portugal.
Nós gostamos e precisamos das editoras – se bem que hoje temos a nossa e 🛡 trabalhamos mais com distribuidoras – mas nunca abdicamos da escolha do rumo.
Pagamos com a nossa independência alguma exposição menor.
" [ 🛡 88 ] – Os UHF referem a causa do mediatismo irregular da banda.
No dia 25 de junho de 1999, o 🛡 grupo assinalou o vigésimo aniversário da gravação do primeiro disco com um concerto na Praça Sony no Parque das Nações, 🛡 em Lisboa, integrado nas comemorações do 'Dia Mundial de Luta Contra a Droga'.
Teve as participações de Carlos Moisés e Nuno 🛡 Flores, dos Quinta do Bill, de um grupo sinfónico e dos cofundadores Renato Gomes e Carlos Peres.
[89] O espetáculo teve 🛡 a edição programada da coletânea Eternamente (1999) que reúne os principais sucessos com algumas músicas a terem uma nova roupagem.
O 🛡 álbum contempla, entre outros, a nova versão do clássico "Jorge Morreu", três inéditos e a versão disco de "Angie" dos 🛡 Rolling Stones.
Das canções editadas entre 1982 e 1985 não foi possível integrar cinco que tinham sido escolhidas pois a editora 🛡 Movieplay, que detém o espólio da extinta Rádio Triunfo, mais uma vez, não autorizou.
[30] A 18 de agosto foi editado 🛡 o extended play temático Sou Benfica (1999) de homenagem ao Sport Lisboa e Benfica.
O convite para criar uma canção partiu 🛡 da claque oficial do clube e foi aceite pelo líder da banda.
O disco contém dois inéditos e três versões dessas 🛡 faixas.
O tema homónimo foi uma prenda que António M.
Ribeiro quis dar ao pai no seu último ano de vida.
[90] Tornou-se 🛡 o novo hino da modernidade do clube da Luz; Uma canção positiva, que não hostiliza os opositores nem promove a 🛡 guerra no futebol.
[91] Após um período conturbado na vida pessoal, António M.
Ribeiro dedicou-se, em 2000, à composição do segundo álbum 🛡 a solo que contou com a participação de Renato Gomes e de alguns músicos integrantes, entre outros convidados, com o 🛡 intuito de dar nova vida aos UHF.
Em 2001 lançaram À Beira do Tejo, uma coletânea produzida exclusivamente para exportação não 🛡 estando disponível no mercado português.
Foi nesse ano que os UHF conseguiram reunir a formação que viria a tornar-se a mais 🛡 consistente e duradoura: António Côrte-Real (guitarra), Fernando Rodrigues, Ivan Cristiano (bateria) e António M.
Ribeiro (voz e guitarra).[15]
A 6 de abril 🛡 de 2003 uma centena de artistas nacionais desfilaram, em tom de reivindicação, pelo incumprimento das quotas de transmissão de música 🛡 portuguesa nas rádios.
As cidades Lisboa, Santa Maria da Feira, Coimbra e Beja, na qual atuaram os UHF, associaram-se a esse 🛡 movimento e realizaram o Mega Concerto 100% Música Portuguesa que decorreu em simultâneo nas quatro localidades.
[92] Em março lançaram o 🛡 extended play Harley Jack (2003), dedicado aos adeptos das concentrações de motards e aos seus rituais de união e amizade.
"Quando 🛡 estou dentro do arraial das concentrações sinto-me parte de um clube, de uma aldeia gaulesa em festa", recorda o vocalista, 🛡 adepto confesso desses festivais.
Contém os inéditos "Harley Jack", "Caloira Bonita" e "Faz de Conta é um País".
O disco teve edição 🛡 limitada.[93]rock.
"Uma das mais belas canções de amor que escrevi, um milagre de produção em estúdio", segundo António Manuel Ribeiro.
[ 94 🛡 ] Balada do enredo da ópera.
"Uma das mais belas canções de amor que escrevi, um milagre de produção em estúdio", 🛡 segundo António Manuel Ribeiro.
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Seguiu-se a edição de Sou Benfica - As Canções da 🛡 Águia (2003), a primeira coletânea dedicada ao Sport Lisboa e Benfica.
Contém o inédito "Uma Luz de Paixão" composto por António 🛡 M.
Ribeiro na tarde que antecedeu o último dia de vida do antigo estádio e, no dia 22 de março, deram 🛡 um concerto antes da demolição perante uma multidão emocionada.
[95] Consolidada a formação da banda, celebraram os 25 anos de carreira 🛡 com o lançamento do 12º álbum de estúdio La Pop End Rock (2003), uma ópera rock autobiográfica com edição conjunta 🛡 da AM.RA Discos e EMI.
É um trabalho grandioso e maturado produzido para representação cénica com orquestra, coreografia e intérpretes para 🛡 as personagens – estrutura que não chegou a ser posta em prática.
O disco teve nos temas "A lágrima Caiu" e 🛡 "Os Putos Vieram Divertir-se" os maiores sucessos.
O primeiro é uma canção de amor interpretada em dueto com a cantora Orlanda 🛡 Guilande, enquanto o segundo enaltece a determinação do grupo em afirmar-se no meio musical e faz uma homenagem à fiel 🛡 legião de fãs.
A foto da capa do disco – uma criança – ilustra o lado naïf do início da carreira 🛡 da banda.[96][97]
Em 2004 foram convidados pelo município de Porto Moniz para realizar um trabalho que homenageasse os imigrantes e o 🛡 concelho.
Gravaram Voltei a Porto Moniz, um extended play com três inéditos e que não foi distribuído no circuito comercial.
[98] Em 🛡 novembro lançaram o extended play Podia Ser Natal (2004) que recuperou, numa nova versão, o tema homónimo editado originalmente na 🛡 compilação de vários artistas Espanta Espíritos, em 1995.
O disco foi limitado a 500 exemplares e contém os inéditos "Quarto 603" 🛡 e "Um Homem à Porta do Céu", de 1999 e 2001, respetivamente, abrindo-se as portas do arquivo histórico dos UHF.
[99] 🛡 A 14 de março saiu o 13º álbum de estúdio Há Rock no Cais (2005), um trabalho em que o 🛡 amor, a relação com o Tejo, Lisboa e Almada, a crítica social e a guerra, voltaram a servir a escrita 🛡 para uma sonoridade forte que revive as origens.
O maior sucesso foi "Matas-me com o Teu Olhar", em versão elétrica e 🛡 outra acústica que teve a participação de um quarteto de cordas da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
[100][101] A canção foi incluída 🛡 na banda sonora da telenovela Ninguém como Tu.[102]
António Manuel Ribeiro com a banda, em 2009.
Em setembro de 2006 foi reeditado 🛡 Há Rock no Cais, em duplo disco compacto e limitado a mil exemplares, que serviu para promover os concertos nos 🛡 Coliseus de Lisboa e Porto realizados a 23 de setembro e 6 de outubro, respetivamente, sendo o de Lisboa gravado 🛡 para edição em álbum de vídeo.
A reedição contempla um disco extra com sete temas, entre os quais, o inédito "Deputado 🛡 da Nação" interpretado por Fernando Rodrigues e dois videoclips.
[103] "Estou-me nas Tintas (primeiro os meus)" foi a faixa selecionada para 🛡 a banda sonora da telenovela Fala-me de Amor.
[104] No final do ano a EMI lançou no mercado a coletânea UHF 🛡 - Grandes Êxitos EMI Gold (2006) e a 16 de abril de 2007 os UHF deram seguimento à edição das 🛡 canções guardadas no arquivo histórico e lançaram a coletânea Canções Prometidas - Raridades Vol.
I (2007), contendo sete inéditos e versões 🛡 nunca antes editadas.
Teve uma edição limitada de 400 exemplares numerados exclusiva para o clube de fãs com o brinde da 🛡 faixa "Coisa Boa".
[105] O segundo volume, Canções Prometidas - Raridades Vol.
II (2007), saiu a 24 de novembro e tem seis 🛡 inéditos e novas versões incluíndo "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, com as participações de Vitorino, Samuel, Manuel Freire e 🛡 José Jorge Letria.
[106] No dia 28 de março de 2008, iniciaram as comemorações do trigésimo aniversário com um espetáculo na 🛡 Aula Magna, em Lisboa, em que participaram Jorge Manuel Costa (piano e saxofone), Nuno Flores (violino), António Eustáquio (guitarra portuguesa) 🛡 e outros músicos que tocaram com a banda.[31]
"Chamamos 'Absolutamente ao vivo' por que, quer o CD quer o DVD, não 🛡 têm maquilhagem sonora de estúdio.
Não houve rectificação, retoque ou regravação de qualquer tema tocado no Coliseu.
Por isso mesmo é que 🛡 acabamos por retirar quatro canções que não estavam bem.
O resto está tudo lá e isto inclui as virtudes dos músicos 🛡 e até alguns defeitos.
" [ 107 ] – Os UHF descrevem o terceiro álbum ao vivo.
A 5 de maio de 🛡 2008 foi lançada, na série Tempo do Vinil, a coletânea UHF – Os Anos Valentim de Carvalho (2008), que reúne 🛡 a totalidade das músicas gravadas para a Valentim de Carvalho, ou seja, os álbuns À Flor da Pele (1981) e 🛡 Estou de Passagem (1982) e os singles "Cavalos de Corrida" (1980), "Quem Irá Beber Comigo? (Desfigurado)" (1981) e "Rua do 🛡 Carmo" (1981) que contém o inédito "(Vivo) Na Fronteira" no lado B.
A edição veio acompanhada por um depoimento de António 🛡 M.
Ribeiro recolhido pelo jornalista Rui Miguel Abreu.
[108] Ainda em 2008 foram reeditados, pela primeira vez em disco compacto, os álbuns 🛡 Noites Negras de Azul e Em Lugares Incertos, ambos de 1988, celebrando os vinte anos do lançamento.
No final do ano 🛡 o teclista Nuno Oliveira tornou-se membro integrante.
[109] A 23 de março de 2009, os UHF lançaram no mercado o registo 🛡 no Coliseu de Lisboa em 2006, inserido na digressão "Há Rock no Cais".
Foi editado nos formatos duplo disco compacto e 🛡 álbum de vídeo com o nome Absolutamente Ao Vivo e, como o título confere, é a reprodução fiel de tudo 🛡 o que aconteceu no palco.
A primeira tiragem do álbum de vídeo veio acompanhada pelo single "O Tempo é Meu Amigo" 🛡 (2009), um inédito que integrou a banda sonora da telenovela Deixa que Te Leve.
[107][110] No dia 10 de agosto lançaram 🛡 Eu Sou Benfica (2009), a segunda coletânea dedicada a esse emblema com participação de artistas de diversas áreas afetos ao 🛡 clube.
[111] Em setembro a AM.
RA Discos editou a coletânea temática Caloira Bonita 2009, preparada especialmente para a digressão das receções 🛡 ao caloiro, com temas de referência para o mundo universitário.[112]
Reforço no rock de intervenção (2010–2014) [ editar | editar código-fonte 🛡 ]
Em 2010 os UHF regressaram aos originais com o lançamento do 14º álbum de estúdio Porquê? É o trabalho mais 🛡 politizado com proeminência da canção de combate social, como sumarizou o autor: "Trata-se de um disco em que, entre o 🛡 amor e a canção política, o rock intervém", reforçando a linha ideológica da intervenção há muito reconhecida nos UHF.
[113] Destaque 🛡 para "Cai o Carmo e a Trindade" e "Porquê (Português)", canções que responsabilizam a justiça e a medíocre classe política 🛡 pelo critico estado da nação.
Assertivo, o vocalista comentou:
[ 88 ] O porquê fica mesmo como a grande pergunta.
Depois de todas 🛡 as discussões possíveis - económicas, financeiras, sociais, partidárias e não partidárias - há sempre uma pergunta que fica: Porquê? (...
) 🛡 O melhor da nação são os portugueses: os portugueses não são números, não são pedras, não são estradas.São pessoas!
Os temas 🛡 "Vejam Bem" e "O Vento Mudou", originalmente interpretados por José Afonso e Eduardo Nascimento, respetivamente, são as versões incluídas no 🛡 álbum.
É um disco positivo, sem queixumes nem lamentações, toca nos assuntos, foca certas situações muito concretas e acaba com uma 🛡 canção extremamente positiva, a puxar pelas pessoas: "Portugal (somos nós)".
Em outubro iniciaram a digressão "Porquê em Portugal", percorrendo o país 🛡 com canções inquietas de alerta social que apontam rumos e apelam à consciência nacional.
[110] Ainda no ano de 2010 foi 🛡 emitido pelos Correios de Portugal uma edição especial de filatelia sobre a história do rock em Portugal, da qual faz 🛡 parte o selo com a capa do álbum À Flor da Pele (1981).[114]
"Eu não me dissocio do país, destas questões 🛡 sociais que vêm de fora e que se instalam cá dentro e ficam como uma doença.
Neste disco, há lá uma 🛡 série de acusações sobre coisas muito concretas, por exemplo, sobre a Justiça na canção "Cai o Carmo e a Trindade".
E 🛡 a canção título, que tem um vídeo a correr no YouTube, é "o porquê este naufrágio constante?" Termos o D.
Sebastião 🛡 instalado todos os dias é uma coisa que me incomoda." Porquê?.
[ 115 ] - O vocalista dos UHF na divulgação 🛡 do álbum
O tema "Porquê Só Ela" integrou a banda sonora da telenovela Espírito Indomável.
[116] Em 2011, Porquê? foi reeditado com 🛡 cinco temas extra incluíndo o inédito "Fingir, Não Sei Fingir".
O clássico "Rua do Carmo" foi o sétimo tema colhido aos 🛡 UHF para integrar bandas sonoras, dessa vez, na telenovela Anjo Meu, em 2011.
[117] A Tugaland e o Diário de Notícias 🛡 retomaram o projeto, iniciado em 2008, da coleção com a história das melhores bandas do pop rock português desenhadas pelos 🛡 mais prestigiados ilustradores portugueses e acompanhado por uma coletânea com os temas mais marcantes.
A edição dedicada à banda de Almada, 🛡 BD Pop Rock Português - UHF (2011), foi lançada no dia 20 de maio com canções gravadas pela AM.RA Discos.
O 🛡 argumento e a ilustração do livro são da responsabilidade de Pedro Brito.
[118][119] Em 23 de julho foi colocado nos escaparates 🛡 a coletânea UHF - Bandas Míticas Vol.
04 (2011), uma coleção associada ao jornal Correio da Manhã sobre vinte bandas que 🛡 marcaram os últimos 50 anos da história da música portuguesa.
[120] Ainda em 2011 foi lançado o single "Por Portugal Eu 🛡 Dou", "uma tomada de posição ativa a favor da coesão e da identidade cívica da nação", e foi oferecido na 🛡 compra do bilhete para os concertos de gravação do álbum ao vivo em Fafe nos dias 26 e 27 de 🛡 novembro.
[115] Lançado em junho de 2012, o quarto álbum ao vivo Ao Norte Unplugged foi gravado em formato acústico no 🛡 Teatro Cinema de Fafe e, para os membros da banda, o disco é "uma celebração ao norte e a todos 🛡 os fãs anónimos que entraram e continuam a entrar para a grande família que o tempo e as canções ofereceram 🛡 ao grupo".
O single de apresentação foi o clássico "Cavalos de Corrida", em versão voz e piano.
[121][122] Em novembro lançaram a 🛡 coletânea Canções Prometidas - Raridades Vol.
III (2012), limitada a mil exemplares, dando continuidade à revelação do arquivo histórico da banda.
Contém 🛡 cinco inéditos, versões nunca antes editadas e os temas gravados ao vivo "Devo Eu" e "Três Peixes".[123]
Concerto acústico de gravação 🛡 do álbum ao vivo, em Fafe, em 2012.
Em 2013 celebraram o trigésimo quinto aniversário e lançaram no dia 25 de 🛡 junho o 15º álbum de estúdio A Minha Geração, classificado pelos elementos do grupo como "um disco adulto, prenhe de 🛡 rock and roll, balanceado entre Lisboa e a Califórnia, Los Angeles".
Destaque para os textos de intervenção apontando fortes críticas sociais 🛡 e políticas, e para a falta de ética e seriedade dos governantes portugueses e de toda a classe política.
[124] O 🛡 tema "Vernáculo (para um homem comum)", de dez minutos de duração, foi censurado pela rádio mas tornou-se o maior sucesso 🛡 do álbum.
[125] Trata-se de um poema da autoria de António M.
Ribeiro editado em livro em 2006.
Um texto assertivo com adjetivos 🛡 provocantes inseridos num contexto de linguagem: "A confissão de um homem comum.
No fundo, é aquilo que se diz na rua 🛡 e que os políticos não ouvem", refere o autor, para depois constatar, "Há anónimos que me travam o passo na 🛡 rua para elogiar a coragem dos UHF.
Banida da rádio, é como um rio silencioso que engorda o caudal imparavelmente".
O baixista 🛡 Fernando Rodrigues deixou o grupo no decorrer das gravações e foi substituído por Luís Simões 'Cebola'.
[124] O disco foi também 🛡 editado no formato vinil com nova imagem na capa – uma pintura de António M.
Ribeiro – simbolizando os verdes anos 🛡 vividos pela sites para ganhar dinheiro jogando geração, como descreve o trecho da canção título: "A minha geração/ acreditou em promessas/ engrossou a procissão/ 🛡 foi indo na conversa.
"[126] Na análise do líder da banda, trata-se de um trabalho sério e requintado:
[ 127 ] É 🛡 um disco de um cidadão inquieto, de um compositor e de um escritor de canções atento ao país e ao 🛡 momento que vivemos.
Um disco de alguém que está muito cansado por todas as promessas que têm sido feitas ao longo 🛡 dos tempos e por este declínio constante.
Portugal parece um barco a afundar que nunca mais se afunda.
No decorrer da digressão 🛡 "UHF 35 anos – A Minha Geração" a banda mostrou-se extremamente desiludida com a classe política.
Ponderaram terminar a carreira em 🛡 2013, lamentando não estarem acompanhados por outras bandas e artistas na denúncia social e política.[85][125]
[ 124 ] Envolvente declamação musicada.
Um 🛡 manifesto antipolítico que espelha o pensamento dos cidadãos portugueses.
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Em novembro comemoraram 35 anos 🛡 da realização do primeiro concerto e fizeram uma versão da canção "Amores de Estudante" (2013), oferecida por descarga digital.
[128] Nos 🛡 dias 7 e 18 de dezembro atuaram, respetivamente, no Centro Cultural de Belém e na Casa da Música, para edição 🛡 discográfica.
Os espetáculos marcaram o encerramento da digressão.
[129] A 8 de dezembro de 2013 o canal RTP estreou a série Os 🛡 Filhos do Rock, que recorda o início da década de 1980 e o surgimento do movimento rock cantado em português.
Os 🛡 UHF são uma das bandas retratadas no decorrer dos 26 episódios.
[130] Trata-se de uma série de ficção que, embora assente 🛡 em alguns factos verídicos, subverteu a verdade sobre os principais responsáveis pelo surgimento do boom do rock em Portugal ao 🛡 atribuir, sem critério histórico, a paternidade desse movimento erradamente a Rui Veloso e aos Xutos & Pontapés em prejuízo dos 🛡 UHF.António M.
Ribeiro, enquanto consultor da série, fez atempadamente reparos à produção por ser abalroado diariamente por cidadãos que clamavam pela 🛡 verdade histórica das personagens.[131]
No dia 6 de janeiro de 2014 foi apresentado em estreia absoluta na Rádio Renascença o inédito 🛡 "Nação Benfica", no dia em que o mundo se despediu do futebolista Eusébio.
O tema só deveria ser revelado no final 🛡 do campeonato, mas António M.
Ribeiro quis homenagear Eusébio nesse dia de pesar.
[132] A canção foi editada no extended play Nação 🛡 Benfica, a 5 de maio de 2014, no mesmo dia em que foi também lançado o single "Era de Noite 🛡 e Levaram", versão rock da canção de José Afonso que tinha sido apresentada ao vivo no auditório da Antena 1, 🛡 na celebração dos 40 anos da Revolução de Abril.
[133] Os dois lançamentos assinalaram a estreia dos UHF no mercado digital.
Também 🛡 em janeiro, a Warner Music relançou a coletânea Grandes Êxitos - UHF (2014).
[134] No seguimento da atitude interventiva, lançaram o 🛡 single "Os Vampiros" (2014), mais uma versão de José Afonso, tema que é uma poderosa chamada de atenção para que 🛡 nos recordemos que seremos sempre capazes de vencer os 'vampiros' de hoje, os governantes, que nos exauriram com austeridade ilegítima 🛡 e forçada e que ficam impunes à corrupção e ilegalidades praticadas.
Uma canção amargamente intemporal.
[135][136] A Valentim de Carvalho lançou a 🛡 coleção "Essencial", que reúne os mais consagrados artistas que gravaram para essa editora, com destaque para a coletânea UHF - 🛡 Essencial (2014).[137]
No dia 24 de novembro foi lançado o quinto álbum ao vivo, Duas Noites em Dezembro (2014), que condensa 🛡 o registo dos concertos no Centro Cultural de Belém e na Casa da Música que marcaram o final da digressão 🛡 comemorativa dos 35 anos.
O duplo disco comporta 28 temas com realce para algumas canções emblemáticas que não eram tocadas ao 🛡 vivo há trinta anos.
Nota para o empenho patriótico em versão dramática (recitação) de António M.
Ribeiro na interpretação de "Sonhos na 🛡 Estrada de Sintra", canção que serviu de amostra do álbum.[138]
É um disco que reúne a força mística da palavra com 🛡 a energia possante do rock, revelando uns UHF humildes, verdadeiros e modernos, com uma linguagem viril e atualizada através de 🛡 canções que continuam com a mesma intensidade de sempre, quer lírica quer musical.
[ 139 ] - O quinto álbum ao 🛡 vivo descrito pela crítica musical.
300 canções e o quadragésimo aniversário (2015–presente) [ editar | editar código-fonte ]
A 29 de janeiro 🛡 de 2015 António M.
Ribeiro editou em livro as 35 histórias que escreveu para a Antena 1, aquando das comemorações dos 🛡 35 anos da banda.
É um documento histórico que reconhece os UHF como fundadores do movimento 'rock português' e a sites para ganhar dinheiro jogando 🛡 influência na criação da indústria rock.
É também um testemunho para os jovens conhecerem parte da memória do país através de 🛡 algumas canções dos UHF.
[140][141] O autor refere que é preciso unir as pontas da história e chamar as coisas pelo 🛡 nome sem pruridos ou abrangências contranatura:
rock português é como está aqui factualmente apresentado: com datas, locais, acontecimentos, lançamentos discográficos.
Está tudo 🛡 no livro exposto de forma matemática (...
) As histórias foram mal contadas e passaram a ser verdade.
" [ 46 ] 🛡 O aparecimento doportuguês é como está aqui factualmente apresentado: com datas, locais, acontecimentos, lançamentos discográficos.
Está tudo no livro exposto de 🛡 forma matemática (...
) As histórias foram mal contadas e passaram a ser verdade."
A 27 de fevereiro de 2015 saiu com 🛡 a revista Blitz o disco Uma História Secreta dos UHF.
Tem quatro maquetas do início da carreira, três temas registados ao 🛡 vivo, o inédito "Um MMS Teu" e recupera as versões "Amores de Estudante", de Aureliano da Fonseca e Paulo Pombo 🛡 de Carvalho, e "Os Vampiros" de José Afonso, ambas editadas no formato digital em 2013 e 2014, respetivamente.[142]
"Tudo se conjugou 🛡 para este ano conseguirmos fazer a nossa coletânea global, onde estão reunidos os nossos maiores sucessos (...
) Às vezes penso 🛡 e parece que foi ontem.
Nos últimos tempos temos feito muitas entrevistas e há coisas que nos vêm à memória e 🛡 que me fazem rir.
Olho para trás e sorrio" [ 143 ] – O líder da banda na apresentação da coletânea 🛡 global.
No início de 2015 os UHF suplantaram as trezentas canções originais editadas e deram início à digressão "UHF–300 Canções".
[144] A 🛡 30 de outubro foi lançada a coletânea O Melhor de 300 Canções que celebra o trigésimo sétimo aniversário da banda, 🛡 que se assinala no mês de novembro, e são também 37 as faixas que compõem esse trabalho.
No primeiro disco, O 🛡 Rock, estão reunidos 20 singles com os maiores sucessos, ao passo que no segundo, intitulado E o Roll, acrescenta 16 🛡 êxitos e o inédito "Soube Sempre que Eras Tu".
É a primeira coletânea global do grupo, sem sombras editoriais, em que 🛡 são reveladas regravações de clássicos, temas ao vivo, canções nunca editadas digitalmente e recupera a versão de "Era de Noite 🛡 e Levaram" (2014) para o formato físico.
O tema de apresentação foi o single-vídeo "Puseste o Diabo em Mim" numa nova 🛡 versão e filmagens que envolvem uma descida vertiginosa de skate.
[145] Em dezembro de 2015 Fernando Rodrigues foi convidado a regressar 🛡 aos UHF para substituir Nuno Oliveira nas teclas.
[146] No dia 30 de julho de 2016 realizaram um singular concerto no 🛡 Centro de Artes e Espectáculos (CAE) na Figueira da Foz, intitulado "UHF Sinfónico", que juntou no mesmo palco os elementos 🛡 da banda e 140 músicos da Orquestra Nacional de Jovens, sob a direção do maestro Cristiano Silva.
Em outubro o concerto 🛡 sinfónico foi recriado no Forum Luisa Todi, em Setúbal, no âmbito das comemorações do dia mundial da música.
[147] Nos dias 🛡 2 e 3 de dezembro realizaram dois concertos temáticos, respetivamente, no Hard Club, Porto, e Centro Cultural Olga Cadaval em 🛡 Sintra, designados por "Noites à Flor da Pele", em que foram revisitados na íntegra os álbuns À Flor da Pele 🛡 (1981) e Noites Negras de Azul (1988), e para celebrar o momento lançaram o extended play Tudo o que É 🛡 Nosso contendo três inéditos.[148]
No dia 4 de julho de 2017, os UHF participaram como convidados na primeira parte do concerto 🛡 dos Deep Purple, no Meo Arena, em Lisboa.
[149] A 25 de agosto saiu com a revista Blitz a coletânea Almada 🛡 79 que revela as primeiras maquetas do rock português, registadas em 1979, e ainda os temas "Caçada", gravado no Convento 🛡 dos Capuchos em 1995, e "Jorge Morreu" captado ao vivo no Centro Cultural de Belém em 2013.
[150] No ano em 🛡 que passaram 30 anos da morte de José Afonso os UHF lançaram, a 27 de outubro, A Herança do Andarilho 🛡 (2017), um tributo a uma das maiores referências da música nacional.
"Este disco é dar continuidade à fantástica obra que ele 🛡 nos deixou e revelar a semente herdada", revelou António M.
Ribeiro, produtor do projeto, e acrecentou: "Este é um daqueles discos 🛡 que se faz uma vez na vida".
São sete versões puxadas para o som ora elétrico ora acústico a que se 🛡 juntam três temas do grupo no fio condutor do legado – a herança – do mais importante cantautor português.
[151][152] A 🛡 primeira amostra foi o tema "Traz Outro Amigo Também", revelada a 24 de abril de 2017 em estreia na Antena 🛡 1 na comemoração dos 43 anos da Revolução de Abril.
O single "No Comboio Descendente" tem a participação de Armando Teixeira.[153][154]
Renato 🛡 Gomes convidado dos UHF na Casa da Música, em 2018.
As comemorações do quadragésimo aniversário arrancaram no dia 21 de janeiro 🛡 de 2018, com a digressão "40 Anos Numa Noite",[155] que teve o ponto alto nos espetáculos na Aula Magna (22 🛡 de dezembro) e Casa da Música (29 de dezembro), sendo o primeiro gravado pelo canal RTP.
Nesses concertos especiais participaram Renato 🛡 Gomes, The Legendary Tiger Man, Frankie Chavez e João Pedro Pais.
No dia 4 de novembro foram reeditados em disco compacto 🛡 os tão aguardados discos perdidos da Rádio Triunfo – Persona Non Grata, Ares e Bares de Fronteira e Ao Vivo 🛡 em Almada-No Jogo da Noite – editados até então apenas em vinil e sem reedição.
Os três discos contemplam faixas bónus 🛡 e os inéditos lançados como lados B nos singles de promoção entre 1982 e 1985.
Após ter feito uma leitura do 🛡 contrato que assinou com a editora Rádio Triunfo, António M.
Ribeiro decidiu avançar para a reedição através da sites para ganhar dinheiro jogando editora AM.
RA 🛡 Discos salvaguardando os direitos de quem os apresentar, "se é que hoje existe alguém, legalmente, seu detentor", disse o músico 🛡 que realçou o "prejuízo enorme que representou esta ausência dos álbuns no mercado", e concluiu "quem aparecer como legal detentor 🛡 do contrato vai ter de negociar comigo, pois neste momento deve-me dinheiro", desafiou.
[156] A 15 de abril de 2019 foi 🛡 lançado o single "Hey! Hey! Bora Lá" como primeira amostra do novo álbum,[157] e no dia 1 de junho o 🛡 Museu da Cidade de Almada inaugurou a exposição "UHF Pela Estrada do Rock" comemorativa dos 40 anos da banda, que 🛡 se prolongou até 28 de setembro e que integrou testemunhos audiovisuais, cartazes e documentação, discografia, instrumentos e muitas outras peças 🛡 que contam a história da banda de Almada.
[158] No dia da inauguração foi editado, no formato vinil, uma nova gravação 🛡 dos temas do extended play Jorge Morreu, comemorativo dos 40 anos do lançamento do disco de estreia da banda.
A edição 🛡 mantém a mesma imagem da capa e os temas foram regravados em janeiro de 2019, com a particularidade de manterem 🛡 a mesma acústica da gravação original.
[159] No encerramento da exposição a banda apresentou a reedição remasterizada do álbum Comédia Humana, 🛡 com três temas bónus e alterações na estética da capa.[160]
"Estamos a descobrir portugueses no mundo inteiro, muitos são fãs dos 🛡 UHF desde pequeninos, que têm vontade de estar ligados para viver um momento feito para eles (...
) Havia necessidade de 🛡 transmitir alguma paz de espírito.
Tento falar contra esse medo e esta sombra que tomou conta de nós.
" [ 161 ] 🛡 – Os UHF no Momento Musical Caseiro (MMC).
Em janeiro de 2020 Nuno Oliveira regressou às teclas, como convidado, e tornou 🛡 a sair Fernando Rodrigues.
No dia 21 de março os UHF iniciaram o Momento Musical Caseiro (MMC) – um conceito criado 🛡 para descrever o showcase acústico e íntimo – emitido nas redes sociais a partir da casa de António M.
Ribeiro durante 🛡 o confinamento da pandemia de coronavírus.
Os concertos semanais prolongaram-se até 26 de setembro e, nesse dia, o espetáculo foi gravado 🛡 ao vivo.
Entretanto retomados, devido ao prolongamento do Estado de Emergência.
A 4 de abril a RTP anunciou a escolha da canção 🛡 "Portugal (Somos Nós)", dos UHF, para ilustrar um separador televisivo dedicado ao momento pandémico que os portugueses viveram.
O tema, recuperado 🛡 do álbum Porquê (2010), foi lançado em single-vídeo com imagens recolhidas pelo canal público, para contentamento do líder da banda: 🛡 "Quando uma canção é útil, além do expectável, fico feliz como autor, muito feliz.
"[161][162] No dia 23 de outubro de 🛡 2020 foi lançado o sexto álbum ao vivo Aula Magna - 40 Anos Numa Noite, data que também celebra os 🛡 40 anos do lançamento do single "Cavalos de Corrida".
O duplo disco compacto recupera o concerto realizado na Aula Magna da 🛡 Reitoria da Universidade de Lisboa, no dia 22 de dezembro de 2018, e tem 20 canções.
Foram extraídos quatro singles com 🛡 a participação de convidados especiais.
[163][164] A 18 de dezembro foi lançado o livro, juntamente com um disco compacto, com o 🛡 título De Almada Para o Mundo.
O livro reúne 52 textos de reflexão sobre a pandemia e uma entrevista em 128 🛡 páginas, e o disco ao vivo (sem público) integra onze canções gravadas no 27º miniconcerto (MMC) em 26 de setembro.[165]
Em 🛡 fevereiro de 2022 o baixista Cebola foi substituído por Nuno Correia.
A 4 de março foi lançado o single "Ucrânia Livre", 🛡 tema de solidariedade para com os ucranianos e condena a invasão ditada pela Federação Russa.
A canção tem nova letra e 🛡 é uma readaptação ao piano de "Sarajevo (Verão de 92)" dos UHF.
Os fundos obtidos pelos direitos de autor da canção 🛡 foram entregues para auxílio aos refugiados.[166][167]
[ 168 ] 'Ucrânia Livre' é o meu contributo para minimizar o esforço de todos, 🛡 para que o mundo livre não esqueça que a pata cardada não pode esmagar o desígnio de um povo.
Que a 🛡 canção desperte o melhor que o ser humano tem: solidariedade, amor fraterno, equilíbrio, paz.
- António Manuel Ribeiro
Estilo e instrumentação [ 🛡 editar | editar código-fonte ]
A música dos UHF é categorizada como rock direto e espontâneo de características urbanas, produzindo também 🛡 uma sonoridade acústica e hard rock.
No início da carreira corporizavam a vivência do 'estar à margem', o grito de revolta 🛡 dos jovens, dos operários e as desigualdades socais, para depois se focarem na intervenção social e na denúncia da classe 🛡 política e justiça, bem como na defesa dos cidadãos.
Os UHF refletem a nação portuguesa, a nossa sociedade, ora vogando pelo 🛡 romantismo ora tomando posição em causas comuns.[32][124]
"A verdade é que nós somos mais do que uma banda de rock.
Nunca fizemos 🛡 canções para mastigar e deitar fora.
" [ 85 ] – Os UHF distanciam-se das canções comerciais.
O som inicial da banda 🛡 assentava nas raízes do punk rock.
Temas simples, curtos e diretos, podendo ser ouvido em "Caçada" no disco de estreia,[90] progredindo 🛡 para o pós punk no single "Cavalos de Corrida" (1980) e no álbum À Flor da Pele (1981).
Com produção de 🛡 Luís Filipe Barros e Nuno Rodrigues, as canções de À Flor da Pele são marcadas pela sonoridade de fortes guitarras, 🛡 rock puro e duro, com alguma proximidade ao new wave em certos temas e um fascínio crescente da banda com 🛡 a cultura urbana, pessoas e lugares.
No álbum Estou de Passagem (1982) o grupo afastou-se ligeiramente do pós punk para experimentar 🛡 uma sonoridade mais leve com presença do sintetizador,[43] retomando de seguida o som pesado das guitarras em Persona Non Grata 🛡 (1982).
Este, o álbum mais ferozmente rock, consequência da instabilidade, dúvidas e confusões internas que se instalaram no seio da banda 🛡 devido à precipitada decisão da mudança de editora.
[169] Os temas de Ares e Bares de Fronteira (1983) ecoam as sombras 🛡 do estado da nação com a entrada em Portugal do Fundo Monetário Internacional, bem como uma fase negativa na vida 🛡 pessoal do líder dos UHF.
Um álbum que seduz o romantismo, obscuro e melancólico com forte influência do sintetizador.
[45] Em Noites 🛡 Negras de Azul (1988), com a banda totalmente renovada, António M.
Ribeiro faz uma retrospeção de histórias pessoais embelezadas por pujantes 🛡 guitarras elétricas.
Um disco 'negro' que reflete tempos difíceis.
[61] Com Em Lugares Incertos (1988) os músicos incluem a experimentação da caixa 🛡 de ritmos e uma doutrina acústica que não se confunde com quebra de energia.
[170] Ultrapassada a fase inicial os elementos 🛡 da banda deixaram de procurar referências musicais.
Com estatuto consolidado, sonoridade própria e determinação, continuaram a reinventar-se em cada disco, como 🛡 referiu o vocalista:rock.
[ 171 ] Há outros campos da música, por que ao fim deste tempo gostamos de ir a 🛡 outros horizontes, a outros continentes musicais.
É dessa riqueza que se faz também a nossa maturidade.
Ao fim deste tempo todo não 🛡 podemos ser máquinas de debitar o mesmo tipo de canções, o mesmo formato.
Mas somos sempre um grupo
No máxi "Hesitar" (1989) 🛡 transmitem a sonoridade de uma valsa desenfreada com aproximação ao pop rock dos anos 50, em Comédia Humana (1991) experimentam 🛡 canções pop rock e em Santa Loucura (1993) optaram por uma textura variada de sonoridades.
[172] Na análise do jornalista e 🛡 crítico musical Fernando Magalhães, o álbum 69 Stereo (1996) "é rock and roll de barba rija, com cara de mau 🛡 e a piscar o olho aos anos 70, desta estereofonia na posição 69, uma das produções, com assinatura de António 🛡 Manuel Ribeiro, mais sofisticadas de sempre dos UHF".
[83] Rock É! Dançando Na Noite (1998) assinala a independência total do grupo, 🛡 com som pesado das guitarras e canções curtas direcionadas para os palcos – que é a forma de vida do 🛡 grupo – refletindo uma variedade temática com participação de todos os músicos.[86]
La Pop End Rock (2003) é uma ópera rock 🛡 mergulhada num puzzle de canções que revela a história da carreira do grupo.
Marca o regresso ao som em quarteto com 🛡 voz, duas guitarras em carga e uma bateria "marcadamente a doer",[173] enquanto no álbum Há Rock no Cais (2005) apresentam 🛡 um som cru, despojado e mais coeso, e mantêm a simplicidade das guitarras, bateria e voz.
[174] Porquê? (2010) é um 🛡 profundo trabalho de evolução com uma sonoridade solta, próxima das atuações ao vivo, expondo o rock de intervenção de uma 🛡 forma mais direta.
É um disco provocante e versátil, claramente politizado, um alerta sobre a atualidade mas também um álbum de 🛡 canções de amor.
[88] Foi gravado num ambiente calmo e isolado tornando-se um trabalho de união e harmonia no grupo, como 🛡 descreveu o baterista Ivan: "Aprendemos a pôr os egos de lado", enquanto o baixista Fernando afirmou que "estamos muito mais 🛡 coesos" e António Côrte-Real, guitarrista, reforçou que "a cumplicidade permite uma maior participação de todos na construção das canções".
[175] Na 🛡 década de 2010 houve uma maior tendência em incluir no repertório canções de combate social, uma vertente que os UHF 🛡 assumem cada vez com mais convicção, tornando-se notório também no álbum A Minha Geração (2013).
[125] Este, um disco maduro que 🛡 na análise social do líder da banda: "observa à volta e reduz certos tipos sociais a estrofes cantadas, seguindo o 🛡 exemplo que a escrita de Gil Vicente nos legou".
Um álbum verrinoso e irónico transportando uma sonoridade rock vintage.
[176] Os membros 🛡 da banda redefinem a musicalidade praticada:
[ 177 ] Nós olhamos para os UHF, e digamos que temos uma música muito 🛡 urbana, muito elétrica, muito pesada, muito citadina.
Letras e temas [ editar | editar código-fonte ]António M.
Ribeiro com a banda num 🛡 concerto na Casa da Música em 2018.
É autor de várias composições com forte mensagem social.
O conteúdo lírico da banda é 🛡 muitas vezes trabalhado com textos autobiográficos e de intervenção social.
As canções "Notícias de El Salvador", "Comédia Humana" e "Sarajevo" foram 🛡 motivadas por acontecimentos atuais do tempo.
O primeiro fala da devastadora guerra civil em El Salvador,[178] enquanto o segundo faz uma 🛡 abordagem ao primeiro conflito no Golfo, relatando a barbaridade entre os homens na guerra.
[179] "Sarajevo" dá continuidade ao capitalismo bélico, 🛡 dessa vez, na luta pela independência das repúblicas que formavam a Federação Jugoslava.
É apresentado ao vivo como uma canção contra 🛡 todas as guerras.
[70] Outros temas sociais são abordados, como a violência policial ("Caçada"), as drogas duras ("Jorge Morreu") ou o 🛡 retrato do sucesso artístico no ardil fascínio da droga ("Rumo ao Céu").
[90][180] A interrogação e o existencialismo encontraram nas letras 🛡 de "Ébrios (pela vida)" e "Suave Dança do Vento" a serenidade de Jim Morrison,[181] tornando-se mais filosófico no tema "Estou 🛡 de Passagem".
[44] As dificuldades superadas no início da carreira conhecem no tema "Hey! Hey! Bora Lá" a palavra estímulo, perante 🛡 qualquer contrariedade.[182]
As canções "Um Mau Rapaz", "Persona Non Grata" e "Corpo Eléctrico" formam uma trilogia e foram inspiradas nas turbulências 🛡 e conflitos internos ocorridos na banda, em 1982.
[183] Dessas contrariedades acabou por acontecer o desmembramento da formação inicial, a quebra 🛡 do quarteto maravilha, abordado no tema "De um Homem Só" que faz o balanço desse período.
[48] Tempo de retrospeção para 🛡 o resistente dos UHF, notado em algumas canções de Noites Negras de Azul (1988).
[61] O músico recorda o mendaz comportamento 🛡 de certos agentes do espetáculo, confidenciado no texto "De um Artista",[184] para depois enfrentar as próprias interrogações com "A Última 🛡 Prova".
[185] Após estabelecida uma vida imparável, veloz e atribulada, testemunhado na faixa "(Vivo) Na Fronteira",[186] os limites da lucidez foram 🛡 várias vezes ultrapassados e referidos em temas como "Rumo ao Céu (não dói nada)" ou "Do Céu ao Inferno".
[187] A 🛡 forte ligação a Lisboa é vincada nos textos de "Rua do Carmo", "Noites Lisboetas" e "Apetece Namorar Contigo em Lisboa", 🛡 atualizados numa nova sensação urbana de viver, mais crítica e mais livre.
[188] O repertório da banda é também preenchido pelas 🛡 incontornáveis canções de amor.
Temas como "Anjo Feiticeiro", "Eu Sei Recomeçar", "Devo Eu", "Na Tua Cama" e "Juro que Tentei" foram 🛡 embelezados pela inspiração de musas ligadas ao autor,[189] enquanto que a canção tribal "Sonhos na Estrada de Sintra" propõe uma 🛡 viagem deslumbrante pela dimensão cósmica do amor.
[190] "Matas-me com o Teu Olhar" demonstra o poder da poesia – tanta certeza 🛡 ancestral numa só frase – a plenitude, a paz e a cumplicidade reencontrada.
[191] Em declarações à imprensa os UHF partilham 🛡 a felicidade de criar uma canção: "É o prazer da descoberta que nos move.
Seja ao vivo ou em estúdio, o 🛡 chegar aqui com uma canção e vê-la crescer.
É fantástico",[175] descreve o vocalista, para depois revelar a mecânica da sites para ganhar dinheiro jogando escrita:
[ 🛡 14 ] Quando finalmente concretizamos que a nossa vida passa pela escrita, pela composição, descobrimos que tudo é um ato 🛡 natural, que não deve ser empurrado à força (...
) Não gosto de forçar a escrita de uma canção, ela vem 🛡 ter comigo quando chega o tempo certo.
Posso estar semanas ou meses sem escrever nada e depois saem dez ou vinte 🛡 de seguida.
O líder dos UHF é um repórter da atualidade que se propõe a narrar os mais variados temas da 🛡 vida das pessoas.
A árdua rotina laboral de todos os dias ("Cavalos de Corrida"),[21] a pedofilia e prostituição ("Geraldine" e "Aquela 🛡 Maria"),[192] os inóspidos lares de rua ("Lisboa Hotel"),[193] a valorização do primado da vida e da ética ("Esta Dança Não 🛡 Me Interessa" ou "Aqui Planeta Terra"),[194] a teimosa permanência do serviço militar obrigatório ("Amélia Recruta"),[195] o débil e vergonhoso papel 🛡 da Justiça na luta contra a corrupção ("Cai o Carmo e a Trindade") [115] e a universal estupidez consciente do 🛡 racismo, xenofobia e intolerância religiosa ("O Povo do Mundo"),[82] são alguns exemplos do vastíssimo repertório.
A comunicação entre o palco e 🛡 o público, iniciada em 1982 com o tema "Concerto", tornou-se uma prática recorrente nas atuações ao vivo denotando, já nessa 🛡 altura, uma tendência progressiva para a canção política.
[196] A banda usou as digressões "Porquê em Portugal" e "UHF 35 anos 🛡 – A Minha Geração" para dar voz ao descontentamento da população na crítica pela (des) governação política, ganhando maior ênfase 🛡 nos temas "Porquê (português)" e "Vernáculo (para um homem comum)", ao mesmo tempo que indicam soluções – "Portugal (somos nós)" 🛡 e "Por Portugal Eu Dou" – canções que apontam rumos e apelam à consciência nacional.
É uma banda claramente conotada de 🛡 rock de intervenção, de natureza política, facilmente reconhecido pelos seus fãs.[115]
A poesia de José Afonso inspirou os UHF.
A sonoridade inicial 🛡 dos UHF assentou no punk com alguma influência dos Ramones.
[90] O vocalista fala dos primeiros gostos musicais: "A minha primeira 🛡 ligação à música britânica foi através dos Rolling Stones.
Com o rádio de pilhas debaixo da almofada ia ouvindo aquelas vozes 🛡 mágicas e descobrindo música.
" No que se fazia no seu país referiu: "Seguia a carreira do Filipe Mendes, do Quarteto 🛡 1111 e do Pop Five Music Incorporated.
Os Chinchilas eram uma banda fantástica".[3]
The Doors, uma das principais referências do vocalista dos 🛡 UHF.
A influência do Quarteto 1111, no início dos anos 70, e o percurso poético de José Afonso, foram determinantes para 🛡 a atribuição do português na escrita das canções, reforçado com a necessidade do vocalista em comunicar com o público.
[197] O 🛡 seu crescimento musical foi também acompanhado pelo folk rock dos Fairport Convention, Bob Dylan e Neil Young, permitindo-lhe contar histórias 🛡 do folk em união com a violenta explosão do punk.
[90] O líder dos UHF revela admiração pela poesia punk de 🛡 Patti Smith [198] e pela simplicidade musical de Lou Reed, uma das influências, como salientou: "É uma referência da minha 🛡 geração, é um mito como o John Lennon, que me ajudou a ser músico".
[199] Por outro lado, a paixão confessa 🛡 pelos Doors, associada à vida desenfreada no início da carreira, eram atributos que davam a António M.
Ribeiro o direito de 🛡 ser conhecido como Jim Morrison português.
[32] Foi na adolescência que os Doors bateram à porta de Ribeiro com "Light My 🛡 Fire".
Descobriu depois "Hello, I Love You" e caiu definitivamente vidrado pelo som psicadélico do grupo com "Touch Me".
Os UHF rapidamente 🛡 criaram uma sonoridade própria e os Doors ficaram como uma referência entre muitas que os músicos sempre têm.
[200] No entanto, 🛡 o talento de José Afonso continua presente no repertório da banda, como afirmou Ribeiro: "Quando anuncio em palco uma canção 🛡 do José Afonso afirmo que um homem não morre, parte, e a obra que nos deixou prolonga a sites para ganhar dinheiro jogando existência 🛡 entre nós.
É isso que queremos levar aos mais novos, canções de outro tempo que não têm data certa.Pertencem-nos.
"[201] Sucintamente os 🛡 UHF referem as suas principais influências:
punk, o Renato nos Genesis.
Depois deu aquela mistura explosiva dos 'Cavalos de Corrida'.
[ 14 ] 🛡 Se cruzar os Doors com o José Afonso e der alguma ideia, comecei por aí.
O Peres estava no, o Renato 🛡 nos Genesis.
Depois deu aquela mistura explosiva dos 'Cavalos de Corrida'.
Álbuns de estúdio
Falar dos UHF implica recuar ao final da década 🛡 de setenta para assistir ao nascimento do movimento de renovação musical 'rock português', por vezes com um tom de intervenção 🛡 social e político.
[1] Desde então, a banda alcançou marcas consideráveis, vários prémios e condecorações.
"Os UHF complementavam o ramalhete de forma 🛡 perfeita.
O Rui Veloso era o singer-songwriter puro, os GNR a banda mais arty e os UHF o grupo de rua, 🛡 de garagem, com uma energia muito forte.
" [ 3 ] – Comentário de Francisco Vasconcelos, A&R da Valentim de Carvalho.
Nos 🛡 primeiros 28 anos percorreram 700 mil quilómetros, venderam mais de 1,5 milhão de discos e receberam onze discos de prata, 🛡 sete de ouro e três de platina.
[202] Em junho de 2017 totalizaram 1 700 concertos.
[203] O primeiro sucesso ocorreu com 🛡 "Cavalos de Corrida" (1980), considerada a canção génese do rock português, e foi o primeiro single a conquistar um galardão 🛡 por uma banda nacional nesse estilo musical;[204][31] "Passámos do oito aos 800 sem parar no 80", recorda António M.Ribeiro.
[182] À 🛡 Flor da Pele (1981) foi aclamado pela crítica como um pilar do rock português e assinalou o início da idade 🛡 dourada desse movimento.
[205][206] O álbum é considerado a 'Bíblia do rock português' e uma referência para novas bandas.
[207] Receberam o 🛡 "Prémio da Imprensa" na categoria "Melhor agrupamento rock", pela proeza alcançada com a venda de mais de 100 mil discos 🛡 e a realização de 134 concertos num só ano, registo que foi imbatível em Portugal em 1981.
[208][49] A revista Blitz 🛡 considerou À Flor da Pele como um dos "40 melhores álbuns dos anos 80 em Portugal".
[209] Na digressão do álbum 🛡 Estou de Passagem (1982) atuaram no Cine Jardim no Funchal, tornando-se o primeiro grupo de rock a visitar a ilha 🛡 da Madeira.
[210] São também pioneiros na edição de Ao Vivo em Almada–No Jogo da Noite (1985), o primeiro disco português 🛡 do universo rock gravado ao vivo,[56] e são a primeira banda portuguesa de rock a celebrar 40 anos de carreira 🛡 no activo.[211]
"António Manuel Ribeiro nunca abdica do profissionalismo (...
) Sabe o que é preciso juntar para que as pessoas saibam 🛡 ouvir o 'Grândola Vila Morena' com os ouvidos de hoje: é um homem lúcido, resistente e cuja qualidade poética tem 🛡 vindo a melhorar de disco para disco.
" [ 212 ] – Declarações de José Jorge Letria , em 2015, presidente 🛡 da Sociedade Portuguesa de Autores.
"Na Tua Cama" foi uma inovação na música nacional, segundo a imprensa na época: "Pela primeira 🛡 vez, um artista lançava uma nova canção fora do espaço radiofónico ou televisivo privilegiando uma plateia de futebol"; um golpe 🛡 em marketing musical.
[59] Em 1996, o jornal Público considerou 69 Stereo o melhor disco de rock do ano.
[30] A 19 🛡 de setembro de 2009, após a realização de um concerto na rua do Carmo, que contou com as presenças de 🛡 Renato Gomes e da Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico, os UHF foram congratulados pelo presidente da Câmara Municipal de 🛡 Lisboa com a "Medalha de Mérito da Cidade", pela dedicação a Lisboa através de algumas canções.
[213] O tema "Vernáculo (para 🛡 um homem comum)" totalizou mais de 100 mil visualizações em vídeos disponíveis na internet.
Censurado pela rádio, tornou-se um manifesto anti-político.
[125] 🛡 No dia 29 de outubro de 2015, a Sociedade Portuguesa de Autores atribuiu a "Medalha de Honra da SPA" a 🛡 António M.
Ribeiro pelos 37 anos de carreira ininterrupta, e aos restantes elementos, numa cerimónia realizada no auditório Maestro Frederico de 🛡 Freitas, em Lisboa.[214]
"Hoje, como há 40 anos, António Manuel Ribeiro, mais que o pai do rock em Portugal, continua a 🛡 determinar a matriz do som elétrico, rouco e potente que molda gerações – feito também de palavras elegantes.
Que farão para 🛡 sempre sentido, então e agora, a quem partilha de agitação.
"[215] – A Blitz perpetua o legado dos UHF.António M.
Ribeiro é 🛡 considerado o pai do rock português e conhecido por utilizar técnicas de spoken word nas canções e poesias improvisadas enquanto 🛡 a banda continua a tocar, mostrando uma tendência notável para a lírica social e política.
[215][90] Fundou em Portugal o movimento 🛡 de poesia-rock, vertente que une a fúria e a paixão vivida a cada verso e nota musical.
[216] Autor da grande 🛡 maioria do repertório da banda, é um vocalista icónico, carismático e de timbre vocal único no universo rock.
Enfrenta o sistema 🛡 e os poderosos procurando denunciar os podres da sociedade.
É um resistente e um vencedor de várias guerras.
Não existe rocker em 🛡 Portugal que tenha conseguido sobreviver a tantos conflitos, lutas, críticas e mudanças sem abdicar do seu projeto.
[217] Para além de 🛡 músico é autor de vários livros: três de poesia, três em prosa e de uma antologia da banda que lidera.
[218] 🛡 Renato Gomes, primeiro guitarrista dos UHF, foi eleito pela revista Blitz, em 2015, como um dos 30 melhores guitarristas portugueses 🛡 de todos os tempos.
[219] Carlos Peres, primeiro baixista do grupo, é considerado pela crítica musical como um dos melhores baixistas 🛡 nacionais da sites para ganhar dinheiro jogando geração.
[220] Em maio de 2020, a revista Blitz escreveu:
rock fresco, possante, com letras simples e toada frenética 🛡 de guitarra, bateria, baixo e voz.
Induziram uma simplicidade roca a jovens inquietos que estavam exangues de baladas revolucionárias ou açucaradas.
Porque 🛡 a juventude precisava de soltar os cabelos e deseletrificar o corpo impaciente.Precisava de rock.
De Ramones e de Blondie.
Precisava dos 'Cavalos 🛡 de Corrida'.
[ 215 ] 40 anos depois são história; eram, então,fresco, possante, com letras simples e toada frenética de guitarra, 🛡 bateria, baixo e voz.
Induziram uma simplicidade roca a jovens inquietos que estavam exangues de baladas revolucionárias ou açucaradas.
Porque a juventude 🛡 precisava de soltar os cabelos e deseletrificar o corpo impaciente.Precisava de.
De Ramones e de Blondie.
Precisava dos 'Cavalos de Corrida'.
Até ao 🛡 ano de 2015 os UHF totalizaram 240 participações em diversas ações sociais e concertos de beneficência.
[221] Com o álbum Este 🛡 Filme - Amélia Recruta (1990) propuseram oferecer os direitos de venda à Associação dos Deficientes das Forças Armadas mas que 🛡 gentilmente foi declinado; "Heranças que o Império tece" comentou o vocalista, não surpreendido com a recusa.
[222] Em 1995 o single 🛡 "Por ti e Por Nós Dois", em parceria com a Associação Abraço, foi associado à campanha da luta contra a 🛡 SIDA.
Em 2004 lançaram o disco Podia Ser Natal, com edição limitada a 500 exemplares, e entregaram à Assistência Médica Internacional 🛡 um euro por cada disco vendido – sendo os 500 euros entregues na totalidade em antecipação ao resultado das vendas 🛡 – felicitando as nobres causas dessa instituição.[223][224]
Em julho de 2009 a compilação de rock norte americana da Quickstar Productions convidou 🛡 os UHF a participarem na edição Rock4Life International - Vol.
11 (2009) com o tema "Alguém (que há de chegar)", tornando-se 🛡 a primeira banda portuguesa a colaborar nessa compilação internacional que se concentra no apoio a causas filantrópicas.
[225] Meses depois foram 🛡 novamente convidados a participarem na nova compilação com o tema "Matas-me Com o Teu Olhar".
[226] Em 2017 os UHF fizeram 🛡 a primeira parte do concerto dos Deep Purple, em Lisboa, e doaram 10% do seu cachet aos Bombeiros Voluntários de 🛡 Pedrógão Grande, associando-se à causa a favor das vítimas dos incêndios daquela localidade.
[149] A 12 de outubro de 2019, participaram 🛡 num concerto solidário para recolha de donativos a favor dos bombeiros mistos de Amora e Seixal.[227]Referências
Amaro, Henrique (2017).
Cento e Onze 🛡 Discos Portugueses–A Música na Radio Pública .
Rua Costa Cabral, 859, 4200-225 Porto: Edições Afrontamento.236 páginas.
ISBN 978-972-36-1568-5
Ribeiro, António (2005).
Cavalos de Corrida–A 🛡 Poética dos UHF .
Quinta da Graça, Bela Vista, 1950-219 Lisboa: Sete Caminhos.299 páginas.ISBN 989-602-073-6
Silva do Ó, Luís (2012).Book Stage .
Avenida 🛡 da Liberdade 166 1º andar 1250-166 Lisboa: Chiado Editora.291 páginas.
ISBN 978-989-697-762-7M.
Ribeiro, António (2014).
Por Detrás do Pano .
Avenida da Liberdade 166 🛡 1º andar 1250-166 Lisboa: Chiado Editora.337 páginas.
ISBN 978-989-51-2692-7
Rebelo, Rolando (2014).
Aqui, Xutos & Pontapés.
Rua Cidade de Córdova nº 2, 2610-038 Alfragide: 🛡 Oficina Livro-Leya.231 páginas.
ISBN 978-989-741-203-5
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2024/11/23 9:38:56